Secretários de Guedes pedem demissão após proposta para furar teto de gastos

Decisão foi confirmada pelo Ministério da Economia e foi tomada após polêmicas sobre o pagamento do Auxílio Brasil

Bruno Funchal é um dos secretários que pediram para deixar a pasta de Paulo Guedes
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Bruno Funchal é um dos secretários que pediram para deixar a pasta de Paulo Guedes

O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram exoneração de seus cargos ao ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quinta-feira (21). A decisão foi confirmada pelo Ministério da Economia.

A decisão de ambos é de ordem pessoal, disse a pasta. A decisão foi tomada por ambos após o governo decidir gastar fora do teto de gastos para pagar o Auxílio Brasil.

"Funchal e Bittencourt agradecem ao ministro pela oportunidade de terem contribuído para avanços institucionais importantes e para o processo de consolidação fiscal do país", afirma a nota.

A secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, também pediram exoneração de seus cargos, por razões pessoais.

Os pedidos foram feitos de modo a permitir que haja um processo de transição e de continuidade de todos os compromissos, tanto da Seto quanto da STN.

A decisão foi tomada pela decisão governo governo de furar o teto de gastos para pagar o Auxillio Brasil de R$ 400.

Antes de assumir a secretaria do Tesouro e Orçamento, o economista Bruno Funchal foi secretário de Fazenda do Espírito Santo em 2017 e 2018, estado considerado um dos principais exemplos de cuidado com as contas públicas.

Foi um dos articuladores da proposta de socorro a estados e municípios por conta da pandemia, que gerou atritos entre o governo e o Congresso.

Funchal também participou da elaboração da proposta do novo Pacto Federativo, apresentado pelo governo no fim do ano passado.