Lula diz que Auxílio Brasil de R$ 400 não é eleitoral e pede aumento para R$ 600

Ex-presidente também criticou as emendas do relator

Lula concedeu entrevista à Rádio A Tarde de Salvador (BA) nesta quarta-feira (20)
Foto: O Antagonista
Lula concedeu entrevista à Rádio A Tarde de Salvador (BA) nesta quarta-feira (20)

O ex-presidente Lula, principal adversário de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, disse nesta quarta-feira (20) em entrevista à Rádio A Tarde de Salvador (BA) que vê com bons olhos o valor do Auxílio Brasil de R4 400. Segundo ele, a medida não é "eleitoral" e deveria subir ainda mais.

"Tô vendo o Bolsonaro dizer agora que vai dar R$ 400 de auxílio. Tem gente dizendo que é auxílio eleitoral, que não podemos aceitar. Não penso assim. O PT defende um auxílio de R$ 600 desde o ano passado. O povo precisa. Ele tem que dar. Se vai tirar proveito disso, problema dele."

O benefício que substituirá o Programa Bolsa Família (PBF) deveria ter sido anunciado ontem, mas a reação negativa do mercado e a ameaça de uma debandada no Ministério da Economia adiaram a coletiva. Hoje o PBF completa 18 anos e é marca das gestões petistas. 

Lula criticou a grande fatia do Orçamento nas mãos do Congresso, na forma de emendas do relator. Em 2021, as emendas de relator somam R$ 18,5 bilhões. É mais da metade de todas as emendas previstas no projeto de lei orçamentária.

"O Bolsonaro falava que não ia se subordinar “à velha política”. Ele era o velho, falando que ia construir o novo... A novidade é que hoje temos o Orçamento do Relator, que envolve R$ 20 bilhões, pra fazer o que?! Dar emendas na perspectiva de ganhar voto. Essa é a nova política?!" questionou.