Auxílio emergencial pode ser prorrogado, mas discussão só começou, diz Lira

Presidente da Câmara também defendeu o teto de gastos

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que o Legislativo pode aprovar a prorrogação do auxílio emergencial, mas fez questão de ressaltar que o foco é a criação de um novo benefício que substitua o Bolsa Família, o Auxílio Brasil ou Renda Brasil. 

Segundo ele, é preciso que o Senado aprove a reforma no Imposto de Renda em outubro e a cobrança de dividendos e a regulamentação dos precatórios. Dessa forma, haverá fontes de recursos para o pagamento do benefício. A previsão é que o novo programa seja criado até novembro.

Lira disse ao Valor Econômico que apesar de "nenhum país sério no mundo ter teto de gastos, aqui precisamos para dar sinal de responsabilidade fiscal". endo assim, ressaltou que "a princípio, todas as discussões com relação ao auxílio até então são dentro do teto [de gastos]. Temos problema orçamentário sério".

Ele defendeu que o país siga avançando com as reformas para assim poder discutir ampliação do espaço fiscal. "Tinha o pilar das reformas trabalhista, previdenciária, tributária e administrativa. De lá para cá, fizemos duas [trabalhista e previdenciária], e temos duas andando ainda", disse.

Segundo Lira, sem as reformas, "faltam os ingredientes" para que o teto encontre uma situação estável.