INPC: Inflação para os mais pobres chega a quase 11% em 12 meses

INPC, que mede a variação dos preços para famílias que ganham até 5 salários mínimos, subiu 10,78%

INPC, que mede a variação dos preços para famílias que ganham até 5 salários mínimos, subiu 10,78%
Foto: Fernanda Capelli
INPC, que mede a variação dos preços para famílias que ganham até 5 salários mínimos, subiu 10,78%

A inflação para as famílias mais pobres subiu mais do que a média nacional nos últimos 12 meses. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação dos preços para famílias que ganham até 5 salários mínimos, teve alta de 10,78% nos 12 meses encerrados em setembro.

É uma alta maior do que o IPCA, usado nas metas do governo e que mede a inflação para famílias com ganhos de até 40 salários mínimos, subiu 10,25% nos últimos 12 meses.

A escalada dos preços já faz o brasileiro conviver com uma inflação de dois dígitos - algo que não ocorria desde fevereiro de 2016, quando o indicador chegou a 10,36%. Em 12 meses, a alta acumulada é de 10,25%.

Analistas consultados pela Reuters projetavam aumento de 1,25% no mês e avanço de 10,33% em 12 meses.

Uma das razões para a inflação ter acelerado em setembro foi o preço da energia elétrica, por conta da crise hídrica. A entrada da bandeira Escassez hídrica, que passou a vigorar no dia 1º do mês, adiciona uma sobretaxa de R$ 14,20 a cada 100 kWh. 

Com perspectiva de ficar em vigor até abril de 2021, a conta de luz tem pesado no orçamento das famílias.