Biden quer "rota da seda" na América Latina como alternativa à chinesa; entenda
Daleep Singh, enviado de Biden para o bloco, vai viajar para Colômbia, Equador e Panamá, onde conversará sobre projetos de infraestrutura
Em mais um capítulo da disputa entre China e Estados Unidos, um enviado do governo Joe Biden para a América Latina tentará construir uma "rota da seda" alternativa ao "Cinturão e Rota" do país asiático. Para isso, Daleep Singh, enviado de Biden para o bloco, vai viajar para Colômbia, Equador e Panamá, onde conversará sobre projetos de infraestrutura. No Brasil, a ideia é investir em negócios comandados por mulheres.
Ele se encontra com pessoas do alto escalão desses países, além de líderes empresariais e ativistas do setor civil, informa a agência Bloomberg. Os presidentes da Colômbia, Iván Duque, do Equador, Guillermo Lasso, e o ministro de Obras Públicas do Panamá, Rafael Sabonge, estão na agenda do comissário.
A iniciativa trilionária chinesa investe em países do continente asiático e da África, mas é criticada por não se importar com direitos trabalhistas ou ter preocupações com o meio ambiente. Joe Biden quer que seu projeto se diferencie nesses pontos e tenha maior transparência financeira.
No começo do ano, líderes do G7 discutiram maneiras de investir em países subdesenvolvidos para evitar o avanço chinês. Na Casa Branca, o novo projeto é conhecido como Construir Novamente e Melhor para o Mundo.
Entre os países em desenvolvimento, há mais de US$ 40 trilhões em necessidades de infraestrutura até 2035, informa a Bloomberg.