Petrobras e Banco do Brasil podem ser privatizadas em 10 anos, diz Guedes
Ministro traçou plano econômico do país em que prevê venda de estatais, crescimento do país de 5% ao ano e mudanças no regime previdenciário
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira (27) que o plano traçado para o país para os próximos 10 anos prevê a privatização da Petrobras e Banco do Brasil. A declaração foi dada em um evento promovido pela International Chamber of Commerce (ICC Brasil).
Segundo Guedes, as privatizações irrestritas de estatais são vetores claros para a economia do país. O ministro de Jair Bolsonaro ressaltou a necessidade de alívio político para manter as iniciativas de privatizações.
"Qual o plano para os próximos dez anos? Continuar com as privatizações. Petrobras, Banco do Brasil, todo mundo entrando na fila, sendo vendido e isso sendo transformado em dividendos sociais", estimou Guedes.
"Eu chego aqui cheio de ideias, planos e sonhos. Agora é a política que comanda o processo todo. Ela pode travar, ela pode desacelerar, ela pode interromper", concluiu.
A fala de Guedes vai contra o que querem congressistas e especialistas, que consideram a privatização da Petrobras e Banco do Brasil precipitada. As estatais são de grande importância no aspecto político e econômico do país, além de colaborarem com a arrecadação da União.
Crescimento do país
No evento, Paulo Guedes voltou a prever crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 5% ao ano. O ministro ainda disse acreditar na necessidade de mudanças do regime de previdência para capitalização.
"Se você pergunta: o que você gostaria de fazer nos próximos 10 anos? Mudar o regime previdenciário para capitalização. O Brasil vai crescer 5% ao ano, em vez de crescer 2%, 3%", afirmou.
Para Guedes, a reforma da previdência, aprovada em 2019, foi razoável. O governo pretende diminuir os gastos previdenciários nos próximos anos, um dos principais motivos para o estouro dos cofres públicos.
O ministro da economia lembrou dos investimentos verdes previstos pelo governo federal. Guedes afirmou que o Novo Banco de Desenvolvimento, braço financeiro do BRICS, deve financiar US$ 2,5 bilhões em infraestrutura no Brasil.
"Devemos estar soltando esse novo modelo muito brevemente com participação do NDB, do Banco Mundial, do BNDES", concluiu.