Multinacional brasileira quer 41% dos funcionários compostos por minorias

CI&T está com 250 vagas abertas para a área de tecnologia. Podem se candidatar pessoas de todo o país

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Multinacional brasileira CI&T quer 41% dos funcionários compostos por grupos minorizados

A multinacional brasileira CI&T quer encerrar 2021 com 41% dos funcionários compostos por grupos minorizados. Segundo a companhia, o objetivo é construir um "ambiente seguro, livre de preconceitos, igualitário e com respeito". A CI&T considera parte desses grupos pessoas pretas, com deficiência, LGBTQIA+ e mulheres.

Fundada em Campinas em 1995, a CI&T é uma empresa especialista digital para grandes marcas globais. Ela trabalha com os chamados serviços "end to end", baseados nas metodologias agile e lean -  que vão desde a concepção da estratégia digital ao design e à criação de produtos digitais. A companhia tem operações na América do Norte, América Latina, Europa e na região da Ásia-Pacífico e possui um faturamento estimado de R$ 1,4 bilhão.

Para atingir o seu objetivo de ser mais inclusiva, a empresa tem adotado uma série de medidas. Recentemente, ela ingressou no Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e assinou o compromisso público da Women Empowerment Principles (WEPs). Os WEPs são formados por padrões internacionais de trabalho e direitos humanos para reconhecer a participação e a responsabilidade das empresas pela transformação do ambiente de trabalho, do mercado e da sociedade em relação à equidade de gênero e ao empoderamento das mulheres.

Além disso, a CI&T também criou um programa voltado a promover ações afirmativas para pessoas pretas. Chamada de Identidade Negra, a iniciativa visa não apenas contratar mais profissionais de origem afrodescendente, mas também "alavancar carreiras em tecnologia a partir do propósito das pessoas". A ação surgiu a partir do Grupo de Afinidade de Pessoas Negras da CI&T, que se uniu para fazer um mapeamento e discutir ideias para formar e desenvolver novos talentos.

"Todas essas ações são sustentadas pelo Comitê de ESG (sigla em inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa) da CI&T, formado por pessoas de diferentes áreas da companhia com a missão de gerar impacto social, aumentando as oportunidades de trabalho para pessoas de grupos minorizados por meio da transferência de conhecimentos nas áreas técnicas e digitais. Composto por executivos, gestores e pessoas das áreas de negócios, o comitê também promove ações voltadas para pessoas com deficiência e grupos LGBTQIA+", afirma a Gerente Senior de Diversidade, Inclusão e Social da CI&T, Kelcy Matsuda Braga.

As medidas mais inclusivas adotadas pela CI&T já estão alcancando resultados. Recentemente, a empresa recebeu uma classificação como um dos melhores lugares para pessoas LGBTQIA+ trabalharem no Brasil pela consultoria Great Place to Work.

"É importante destacar que nossas ações não param apenas na contratação dessas pessoas. Nós investimos constantemente no aprimoramento das habilidades dos nossos colaboradores, a fim de também formar líderes e criar oportunidades de avanço equitativas. Dessa forma, pretendemos chegar até 2025 com 55% dos colaboradores provenientes desses grupos, sendo 40% deles em funções de liderança", explicou Kelcy.

"As empresas buscam montar equipes diversas, mas precisam também pensar em ações de capacitação para incluí-las nas suas funções. E, principalmente, por meio da formação de líderes inclusivos, devemos falar de ambientes com segurança emocional para que aconteça, de fato, a inclusão na dinâmica social da empresa e das equipes", finalizou ela.

A multinacional está com 250 vagas abertas para a área de tecnologia. As oportunidades são para arquiteto de software, engenheiro de dados e desenvolvedor. Com a possibilidade de trabalho remoto, a empresa aceita candidaturas vindas de todo o Brasil. Os interessados devem acessar o site: https://ciandt.com/br/pt-br/carreiras . Vale lembrar que, apenas no primeiro semestre de 2021, a CI&T já contratou 453 pessoas no país. 


** Gabrielle Gonçalves é jornalista em formação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Estagiária em Brasil Econômico. No iG desde agosto de 2021, tem experiência em redação e em radiojornalismo, com passagens pela Rádio Unesp FM e Rádio Metropolitana 98.5 FM.