IOF mais caro a partir de hoje: veja como afeta você e as empresas

Medida foi anunciada na quinta-feira (16) pelo presidente Jair Bolsonaro e vai encarecer crédito para pessoas físicas e para empresas a fim de bancar o novo Bolsa Família. Veja como isso te afeta →

Simulações

Para se ter uma ideia, na compra de uma geladeira no valor de R$ 2.500 em 12 meses com juros a 4,5% ao mês o IOF que incidiria antes seria de R$ 84,33, mas agora vai passar para R$ 111,52. Desta forma, o consumidor que antes pagaria 12 parcelas mensais de R$ 283,41, chegando ao valor final de R$ 3.400,92, agora vai pagar 12 parcelas mensais de R$ 286,40 totalizando o valor de R$ 3.436,80. No empréstimo pessoal no valor de R$ 5.000 em 12 meses com uma taxa de juros de 4,5% ao mês, o consumidor desembolsaria R$ 168,65 de IOF, mas agora terá que pagar R$ 223,04.

Fernanda Capelli

Cheque especial

Os clientes de bancos que utilizam cheque especial também vão sentir o peso no bolso: o IOF sobre o uso do cheque especial no valor de R$ 3.000 por 20 dias com taxa de juros de 8% ao mês, por exemplo, vai subir de R$ 16,32 para R$ 18,11.

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Empresas

É importante destacar que esse aumento também vai impactar negativamente o crédito das empresas. A alíquota diária do IOF subirá de 0,0041% (o equivalente a uma taxa anual de 1,5%) para 0,00559% (2,04% no ano). Por exemplo, um capital de giro no valor de R$ 50.000 com uma taxa de juros de 1,50% ao mês a ser liquidado em 12 parcelas mensais, o empresário pagaria 12 parcelas mensais de R$ 4.652,76. Quitando o financiamento com R$ 55.833,12. Já com o novo imposto (2,04% ao ano) ele pagará 12 parcelas mensais de R$ 4.677,51 e no final do contrato terá desembolsado R$ 56.130,12

Fernanda Capelli

Endividamento das famílias tende a aumentar

O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pode dificultar ainda mais a vida de quem está engrossando o time dos endividados no Brasil. Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que 72,9% das famílias brasileiras estavam com dívidas em atraso em agosto, um novo recorde mensal.

Fernanda Capelli

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Edu Andrade/ME