Governo deve deixar R$ 72 bi fora do teto de gastos em 2022, estima economista

A conta foi feita por Samuel Pessôa, a partir dos cálculos de Marcos Mendes

Foto: O Antagonista
O teto estourado em R$ 72 bilhões

O teto de gastos pode explodir em 72 bilhões de reais.

A conta foi feita por Samuel Pessôa, a partir dos cálculos de Marcos Mendes.

O rombo inclui o aumento do Bolsa Família, as novas emendas para comprar votos no Congresso Nacional, o fundão eleitoral, a desoneração da folha salarial e a inflação acima da meta, prevista em 9%.

Ele escreveu na revista Conjuntura Econômica, da FGV:

“O grande problema é que a quebra do teto desancora completamente a política fiscal. Sem ele, não temos nenhuma garantia de que a dívida será paga sem necessidade da receita do imposto inflacionário, isto é, por meio de inflação (…).

Quando há a desconfiança em relação à solvência pública, o câmbio deprecia, a curva de juros inclina —pois as pessoas cobram prêmio maior pela elevação do prazo do vencimento de um título público.”

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