Em 2021, 493 pessoas se tornaram bilionárias; total passa de 2700
86% deles aumentou a receita nos últimos anos
POR BETWAY INSIDER
Jeff Bezos, Elon Musk, Bill Gates, Bernard Arnault, Mark Zuckerberg. O que eles (e outras 2.755 pessoas espalhadas pelo mundo) têm em comum? O fato de serem as pessoas mais ricas existentes. Sim: são os chamados bilionários.
O que você provavelmente já sabe é que o tão almejado nove zeros depois da vírgula na conta bancária não é para qualquer um. Mas, por incrível que pareça, a lista de bilionários vem aumentando e muito. Em 2020, apesar da retração econômica do PIB de quase todos os países, chegamos a um recorde histórico: um novo bilionário a cada 17 horas e 86% deles estão ainda mais ricos. Os dados são da revista Forbes, que, anualmente, divulga a já conhecida lista com Os Bilionários Do Mundo.
Para Eduardo Fagani, economista e professor de economia da Unicamp, uma das razões que contribuiu para que a renda dos bilionários aumentasse foi o formato do mercado, marcado economicamente pelo aumento de criptomoedas e valorização das ações. “Hoje em dia a geração de renda e riqueza não vem mais da produção de mercadorias física. Em grande medida vem da especulação financeira, dos universos ativos, capital abstrato”, explica. Portanto, de um lado há redução de gastos e, consequentemente, aumento da riqueza.
Por aqui, inspirados por este novo recorde, nossa equipe de caça níqueis online resolveu montar um dossiê desses ricaços. Quem são? De onde vieram? Qual o real tamanho de suas fortunas? Fomos em busca dessas respostas e o resultado vem a seguir.
São 493 novos bilionários em 2021, sendo que 242 deles (42%) são chineses ou honconguês. Ou seja: já é possível afirmar que a China é o novo berço de bilionários do mundo.
Mas e os EUA? Ainda é o país com mais bilionários, mas, provavelmente, não por muito tempo. A diferença entre as duas superpotências vem caindo ano a ano e, em 2021, Nova York perdeu o posto de cidade com mais bilionários para Pequim.
Independentemente do país de origem, o que mais gera curiosidade são os protagonistas de tamanhas fortunas. Quem são esses bilionários? Há algo que todos eles têm em comum?
Acredite: dadas as particularidades de idade, país, área de negócio, fortuna e personalidade, alguns estudiosos já tentaram traçar padrões. Ricardo Geromel, conhecido como “caçador de bilionários”, listou em seu livro “Bilionários: O que eles têm em comum além de nove zeros antes da vírgula?'' algumas características padrão.
Ser empreendedores, persistentes, aprenderem com as falhas e serem sensíveis à filantropia são algumas delas. Por sinal, a maioria de quem chega à casa do bilhão, chega correndo riscos e com muito trabalho. Em 2014, a Forbes fez um levantamento das jornadas semanais dos bilionários e contabilizou que cerca de 60% trabalham 60 ou mais horas – Elon Musk está entre 80 a 100 horas semanais. As jornadas de menos de 40 horas representam cerca de 10%. Para efeitos de comparação, o brasileiro, em 2019, tinha uma jornada semanal média em torno de 41 horas.
Mas, afinal, quem são esses bilionários? E qual o tamanho de suas fortunas?
Os motivos para tanto dinheiro são muitos: de esforços pessoais, ideias disruptivas que dão certo à política socioeconômica dos países. Tudo está interligado. “É um grande período de hegemonia dos mercados. Com isso, as grandes corporações e multinacionais decidem onde vão investir”, pontua o economista Fagani. Essa dinâmica é vantajosa para quem busca o acúmulo de renda justamente por dar aos bilionários o poder de escolha e os incentivos necessários. Por exemplo, buscar países com tributos e impostos menores e mão de obra qualificada mais barata para fundar e/ou expandir sua empresa.
O Brasil
No primeiro ranking de bilionários da Forbes, em 1987, constavam 140 nomes. Destes, apenas três eram brasileiros: Sebastião Camargo, Antônio Ermírio de Moraes e Roberto Marinho. Já em 2021, são 65 brasileiros. Um aumento e tanto, não?
Entre as figuras, Jorge Paulo Lemann, a pessoa mais rica do Brasil com uma fortuna de 16.9 bilhões de dólares. Lemann é dono de um império. Criou o Banco Garantia e investiu em empresas como Lojas Americanas, Brahma e a Antarctica, que formariam a Ambev, o embrião da que hoje é a maior fabricante de cervejas do mundo, a AB InBev.
O poder feminino
Um fenômeno interessante que vem acontecendo no mundo – incluindo Brasil – é o aumento de mulheres bilionárias. Segundo a Forbes, houve um aumento de 36% na representatividade feminina em relação ao ano anterior e de 60% em suas fortunas. Hoje já são 328 mulheres que atingiram a marca dos bilhões. Entre os nomes, Françoise Bettencourt Meyers, mulher mais rica do mundo com uma fortuna avaliada em US $73,6 bilhões, e Whitney Wolfe Herd, a mulher bilionária mais jovem.
Já no Brasil, são, ao todo, 11 bilionárias, o que representa somente 17% do total da lista. Apesar de ainda ser um número pouco expressivo, há alguns nomes de destaque: Luiza Trajano, proprietária da Magalu, exemplo de selfmade e com fortuna avaliada em U$ 5,3 bilhões, e Dulce Pugliese de Godoy Bueno, cofundadora da rede de planos de saúde Amil e atualmente a mulher mais rica do Brasil com U$ 6,0 bilhões.
Falar em bilhões de dólares é algo pouco palpável para a maioria esmagadora da população. Apesar do futuro distante para muitos, os bilionários estão por aí. E, pelo visto, serão cada vez mais comuns.
Confira aqui a matéria completa, de Betway Insider: O dossiê dos bilionários .