Bolsonaro sanciona LDO sem aumento salarial real e veto ao 'fundão' de R$ 5,7 bi

Nesta quinta-feira, o presidente avisou a apoiadores que faria "a coisa certa"

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Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apoia fundo eleitoral em R$ 4 bilhões, o dobro do investimento realizado em 2021

O presidente Jair Bolsonaro vetou nesta sexta-feira (20) o aumento do fundo eleitoral. O Congresso Nacional tinha incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovada em julho deste ano que o chamado fundão iria de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões.

O veto ocorreu em meio à sanção da LDO, que indica a base para a formulação do orçamento do ano que vem.

A decisão do Congresso Nacional gerou reação da sociedade civil. Desde 2018, foi proibida a doação de empresas para campanhas eleitorais e criado o fundo eleitoral, dinheiro público utilizado pelos partidos para custear as campanhas.

Conforme o GLOBO revelou nesta sexta-feira, em seguida, o Palácio do Planalto deverá enviar ao Congresso um projeto com valor da eleição passada corrigido pela inflação, segundo fontes do Palácio do Planalto.

A correção dos R$ 2 bilhões da eleição passada deve ser feita no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). O prazo para Bolsonaro decidir sobre o fundo eleitoral terminava nesta sexta-feira.

Além do fundo eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro também vetou as chamadas emendas do relator, que foram atacadas neste ano em razão da pouca transparência sobre o destino dos recursos e os parlamentares que patrocinavam as emendas. Bolsonaro, entretanto, já vetou o mesmo ponto da lei em 2020 e 2021, mas o Congresso Nacional derrubou o veto.

Salário-mínimo

De acordo com a proposta do Ministério da Economia, o salário-mínimo de 2022 deve ser reajustado em R$ 47, passando de R$ 1.100 para R$ 1.147, sem ganho real, ou seja, a valorização salarial do brasileiro irá cair.