Militares contratados por Guedes para zerar fila do INSS não dão resultado
Onyx Lorenzoni herdou a pasta da Previdência com a fila quase do mesmo tamanho
Em 2018, o ministro da Economia prometeu "zerar a fila do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)", para isso, contratou 2.500 servidores aposentados, um terço deles de militares. A pasta da Previdência foi passada no fim de julho para Onyx Lorenzoni, junto com o Trabalho
, e a fila continua praticamente do mesmo tamanho.
Atualmente, o grupo de servidores custa R$ 114 milhões ao ano, segundo a Folha de São Paulo. A lista de espera, em janeiro de 2020, era de 1,3 milhão de pedidos com mais de 45 dias para a análise do INSS. Em junho de 2021, dado mais recente, o INSS aponta 1,4 milhão aguardando alguma análise.
O presidente da entidade, Leonardo Rolim, justificou o home-office como causa do atraso.
Somente os aposentados do INSS que voltaram ao trabalho estão analisando, em média, 30 mil pedidos por mês, 15% do total. Sem eles [inclusive os militares], o resultado teria sido bem pior, porque perdemos mais de 7.000 servidores em 2019 que se aposentaram", disse à Folha.
Em média, os servidores recebem R$ 4.500 por mês para trabalhar diretamente na análise dos pedidos para a concessão dos benefícios. Já para os servidores aposentados o INSS paga uma média de R$ 2.200 e, para os militares da reserva, R$ 3.000.