BC eleva Selic para 5,25%; como fica cada investimento?

Esperado

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa básica de juros, a Selic, em um ponto percentual, para 5,25%, nesta quarta-feira, como já era esperado pelo mercado. A medida impacta aplicações financeiras que têm correção ligada à taxa, como a poupança, títulos do Tesouro Direto e fundos de renda fixa. Apesar da alta, esses investimentos continuam perdendo para a inflação.

Lorena Amaro

Poupança passa a render 3,68% ao ano

A poupança, que rende 70% da Selic + TR (atualmente zerada), passa a ter rendimento de 3,68% ao ano, e de 0,30% ao mês. Já os fundos DI não só terão rendimento abaixo da inflação, mas também perdem para a poupança quando a taxa de administração cobrada é mais alta, segundo simulação feita pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac).

Ana Carol Soares

Inflação ainda supera opções da renda fixa

Tanto a poupança, quando o Tesouro Selic e CDBs (Certificados de Depósito Bancário) perdem para a inflação. De acordo com o relatório Focus, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) deve acabar o ano em 6,79%.

Fernanda Capelli

Tesouro é indicado para longo prazo

O Tesouro Selic é uma boa opção de investimento para perfis mais conservadores, já que paga 100% da taxa Selic, mais 0,194% ao ano. No entanto, o investidor deve ficar atento, pois ao resgatar os recursos antes do prazo, pode perder dinheiro

Juliana Nascimento

CDBs são boas alternativas no curto prazo

a alternativa mais indicada para o curto prazo são os CDBs, que assim como a poupança são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC). Porém, enquanto na poupança o rendimento só é aplicado na data de aniversário da conta, os CDBs são corrigidos todos os dias. Tanto para os títulos do Tesouro, quanto para o CDB, é descontado um percentual relativo ao Imposto de Renda, que varia de 22,5% sobre o lucro, para aplicações de até 180 dias, a 15%, para resgates a partir de 720 dias.

Sophia Bernardes