Oi tenta engrenar criação de serviços para sair da recuperação judicial
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Oi tenta engrenar criação de serviços para sair da recuperação judicial

A Oi vai mirar na ampliação de sua rede de fibra óptica para acelerar a criação de serviços financeiros, saúde, educação e energia como forma de ampliar sua receita e sair do processo de recuperação judicial , previsto para maio de 2022.

Nesta segunda-feira (19), a tele apresentou seu plano estratégico para os anos de 2022 e 2024. Parte desse plano é baseado nas receitas oriundas da venda de ativos, como a operação de telefonia móvel para as rivas Claro, Vivo e TIM, data centers, torres, operações na África e parte da InfraCo. A Oi estima arrecadar R$ 34,6 bilhões.

"Temos condições para concluir o processo de recuperação judicial em maio de 2022. Esse seria o momento final para concluir esse processo e não vejo risco e complicações para postergar isso", disse Rodrigo Abreu, presidente da Oi.

Assim, a Oi espera concluir a venda dos ativos até maio de 2022, mas não precisou uma data ainda, já que as operações dependem da aprovação da Agência Nacional de Telecomunições (Anatel) e Cade , que regula a concorrência no Brasil.

A Oi entrou com pedido de recuperação judicial em maio de 2016 e chegou a apresentar uma alteração no seu plano no ano passado quando decidiu vender sua operação de telefonia móvel.

Durante a apresentação a analistas, Abreu disse que a meta é passar dos atuais 3 milhões de casas com fibra para 9,3 milhões em quatro anos. A empresa também aposta em um forte programa de redução de custos, estimado em cerca de R$ 1 bilhão por ano. Assim, a expectativa é que a receita líquida prevista para 2024 fique entre R$ 14,8 bilhões e R$ 15,5 bilhões.

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"O foco da Oi será em serviços, com iniciativas como carteira digital. O cliente poderá usar o crédito pré-pago para outros serviços. Isso tem potencial para gerar uma receita incremental entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão", disse Abreu.

Além do Oi Conta Zap, com serviços financeiros, a empresa vai apostar no Oi Play, com conteúdo audivisual através de parcerias com companhias de streaming, e o Oi Place, site de comércio eletrônico que vai vender diversos produtos de variadas empresas. A tele não detalhou quais os serviços pretende oferecer.

Os serviços de tecnologia da informação (TI) para empresas também estão no foco da tele. A meta é que essa receita passe de cerca de R$ 700 milhões, em 2022, para R$ 1,250 bilhão em 2025.

Mas há desafios para os próximos anos, pontuou Abreu. A empresa ainda vai vender sua operação de TV por assinatura via satélite e está em processo de arbitragem na Anatel para migrar a concessão de serviços fixos para o regime de autorização - o que deve reduzir os custos anuais em cerca de R$ 330 milhões. Nesse ano ainda estão previstos empréstimos da ordem de R$ 4,5 bilhões.

"Há desafios operacionais para os próximos anos, mas já superamos a recuperação judicial, venda de ativos e financiamentos. Vamos, agora, acelerar a receita e reduzir os custos pata garantir o sucesso da InfraCo", afirmou Abreu.

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