GM deve suspender contratos de 250 funcionários no interior de SP, diz sindicato

Montadora pretende usar artifício previsto na MP da redução de jornadas e salários e justificou paralisação devido à falta de peças

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Funcionários da unidade São José dos Campos (SP) da GM devem ficar afastados até agosto

A General Motors sugeriu suspender o contrato de 250 funcionários da unidade de São José dos Campos (SP), afirma o Sindicato dos Metalúrgicos da cidade. As negociações iniciaram nas últimas semanas, após a necessidade da empresa em paralisar as produções devido à falta de peças

A montadora propôs a suspensão com base na medida provisória (MP) que prevê a redução de jornadas e salários , imposto pelo governo federal para aliviar os gastos de empresas durante à pandemia. A medida, de acordo com a empresa, valeria entre os dias 12 de julho e 25 de agosto. 

O sindicato ressaltou que os funcionários devem aceitar a proposta, mas dependerá da certeza de manutenção dos empregos de trabalhadores afastados. A preocupação dos representantes é que a GM siga o mesmo caminho de outras montadores e demita empregados em meio à pandemia. 

"Em assembleia realizada nesta terça-feira, os trabalhadores decidiram que só aceitarão a suspensão de contratos se a medida vier, obrigatoriamente, acompanhada de estabilidade no emprego para todos, enquanto vigorar o acordo", afirmou o sindicato, em comunicado. 

Nesta quarta-feira (07), haverá uma reunião entre representantes do sindicato e a diretoria da montadora para efetivação da proposta de suspensão de contratos. No entanto, a confirmação da medida será votada em assembleia dos funcionários marcada para quinta-feira (08)