Ever Given será liberado nesta quarta-feira, confirmam autoridades egípcias
Embarcação está ancorada em um lago entre dois trechos do canal desde que foi removido do canal em 29 de março
O navio porta-contêineres Ever Given , que bloqueou o Canal de Suez por quase uma semana em março , será liberado em 7 de julho, após um acordo entre as autoridades e os proprietários do navio, disse a autoridade do Canal neste domingo (04).
Uma cerimônia para a assinatura do acordo encerrando a disputa sobre o Ever Given, de 400 metros de comprimento, será realizada na quarta-feira (07), e o navio terá permissão para partir, disse a assessoria de imprensa da Autoridade do Canal de Suez por telefone à Bloomberg .
Um representante dos proprietários e seguradoras do navio porta-contêineres já havia adiantado que um acordo foi firmado e que os preparativos para a partida da embarcação estavam sendo feitos.
"Os preparativos para a liberação da embarcação serão feitos e um evento marcando o acordo será realizado na sede da Autoridade em Ismailia no devido tempo", disse Faz Peermohamed da Stann Marine, que representa o proprietário Shoei Kisen e suas seguradoras, em um comunicado .
A Autoridade do Canal de Suez manteve o navio gigante e sua tripulação em um lago entre dois trechos da hidrovia desde que foi desalojado em 29 de março, em meio a uma disputa sobre um pedido de indenização por parte da Autoridade.
O Ever Given, de propriedade japonesa, permaneceu preso ao longo do canal por seis dias, interrompendo o comércio global.
No início do domingo, um tribunal egípcio adiou as audiências na disputa de compensação para 11 de julho para permitir que o canal e o proprietário do navio finalizem um acordo, disseram fontes judiciais e um advogado.
A Shoei Kisen, dona da embarcação, e suas seguradoras disseram no mês passado que chegaram a um acordo de princípio com a Autoridade do Canal de Suez .
A responsável pelo Canal chegou a exigir US$ 916 milhões em compensação para cobrir esforços de salvamento, danos à reputação e perda de receita, mas o pedido foi reduzido para US$ 550 milhões.
Shoei Kisen e as seguradoras do navio contestaram a reclamação e a detenção do navio sob uma ordem judicial egípcia.