Guedes prevê criação de 2 milhões de empregos "em poucos meses"
Governo planeja dois programas para flexibilizar relações de trabalho
O ministro da Economia, Paulo Guedes
, voltou a falar sobre os programas ventilados pela pasta para potencializar a geração de empregos
no Brasil. Além do Bônus de Inclusão Produtiva e o de Qualificação (BIP e BIQ)
, Guedes voltou a falar na carteira verde e amarela
, focada na formalização dos informais.
Ele defendeu que empresas já manifestam interesse em aderir aos programas. O governo trabalha com a possibilidade de criar 2 milhões de empregos em poucos meses.
"Algumas empresas já estão conversando conosco e uma já pediu 20 mil e outra 30 mil. Muita gente querendo. É um sistema de treinamento e qualificação durante o trabalho. Isso dando certo, vamos para a carteira verde e amarela, para atacar o problema do desemprego informal", explicou.
Como incentivo à adesão, o ministro promete também um incentivo financeiro aos trabalhadores que optares pela modalidade.
"Estamos estudando, inclusive, Imposto de Renda negativo . Estamos desenvolvendo uma família de produtos para flexibilizar o mercado de trabalho e atacar o desemprego em massa de frente", destacou.
Enquanto os jovens estiverem no programa, serão pagas bolsas. Os custos serão divididos entre o governo e as empresas, no valor de R$ 600. A ideia é que os jovens fiquem em treinamento entre 4 a 5 meses nas empresas.
Programa social
O ministro voltou a defender a ampliação dos programas sociais do governo. A ideia, por ora, é ampliar o orçamento do programa, subindo de R$ 190 por mês para R$ 250 e que a cobertura fique próxima de 17 milhões ou 18 milhões de famílias. Atualmente, 14,6 milhões de famílias recebem a transferência de renda.
"Se eu vender uma estatal, eu reduzo a dívida pública. Só que ninguém tem incentivo para vender. Então, que tal distribuir 20% para os mais pobres. Se der perspectiva de melhorar a distribuição de riqueza, quem sabe melhora o interessa na venda", argumentou.
"Se privatizar A, B e C, dobra o Bolsa Família este ano. Se não vender nada, não vem mais nada. [...] Não só o Bolsa Família, mas, de vez em quando, um bônus de capitalismo popular. Quero vender para poder entregar a estatal para o povo. Estamos desenvolvendo essa ideia: quem sabe aceleramos as privatiza e resolvemos a questão de programas sociais", acrescentou.