Presidente do BC vê ritmo de vacinação lento, mas prevê aceleração para junho

Campos Neto ressaltou que vacinação tira o 'efeito medo' da economia, contribuindo para a retomada econômica

Foto: MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Roberto Campos Neto, presidente do BC


O presidente do Banco Central ( BC ), Roberto Campos Neto , afirmou nesta segunda-feira (24) que o ritmo da vacinação no país está um pouco abaixo do esperado. No entanto, ele prevê uma aceleração a partir de junho com a entrega de novas doses.

"No caso do Brasil que chegou a vacinar mais de 1,2 milhão, 1,3 milhão de pessoas por dia. Se a gente olhar a média móvel caiu um pouco. Tivemos dificuldades com insumos, mas entendemos que a aceleração será muito grande em junho", disse em evento.


Campos Neto ressaltou que as 40 milhões de doses que devem ser entregues em junho, de acordo com uma estimativa do Ministério da Saúde, devem acelerar esse ritmo e contribuir com a retomada da economia.

"É isso que tira o efeito medo da economia. Você começa a reabrir, temos olhado bastante no detalhe. Temos notícias boas de compra de vacinas e esperamos uma aceleração grande em junho como foi anunciado nesses últimos dias", afirmou o presidente do BC.

O efeito medo é o impacto do receio de se contaminar ou contaminar outras pessoas com a Covid-19 na economia. Com medo, as pessoas tendem a ficar mais em casa e a não consumir como anteriormente, o que afeta, por exemplo, o varejo.

De acordo com Campos Neto, as expectativas para o crescimento do ano estão melhorando. Ele ressaltou que o mercado atualmente espera um crescimento de 3,52% para o ano, mas que os agentes estão revisando para cima, assim como o BC.

"O primeiro trimestre surpreendeu bastante e março foi uma surpresa boa pra gente em todos os aspectos. Segundo trimestre a gente está revisando para cima, significa que o ano está revisando para cima. O mercado está caminhando para alguma coisa perto do patamar de 4%", explicou.