Bolsonaro defende mudança nos combustíveis: ‘não têm cabimento continuar’

Presidente defende gestão que contemple ‘parte social’, mas nega ‘canetada’ para intervir na empresa

Foto: Redação 1Bilhão Educação Financeira
Petrobras

O presidente Jair Bolsonaro voltou a prometer nesta quinta-feira mudanças nos preços dos combustíveis da Petrobras, mas ao mesmo tempo afirmou que não vai interferir na estatal.

Em sua transmissão semanal na internet, Bolsonaro fez elogios ao novo presidente da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna , e afirmou que, na gestão dele, a estatal não buscará apenas o lucro, mas também “ a parte social ”.

"A Petrobras vai visar o lucro sim, mas também vai ver a parte social. Tem certos preços que não têm cabimento continuar. E não é na canetada não, fiquem tranquilos. Ninguém está pensando em fazer isso. Aqui é respeitando a lei de mercado", afirmou o presidente durante a live .

Ganho com 'tese do século'

Nesta quinta-feira, a estatal comunicou ao mercado que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de excluir o ICMS do cálculo do PIS e da Cofins que incidem sobre produtos como os combustíveis, vai gerar impacto favorável da ordem de R$ 4,4 bilhões no balanço financeiro da empresa relativo ao segundo trimestre desde ano.

A ação julgada na semana passada foi apelidada de "tese do século" por causa do impacto fiscal que poderia causar aos cofres públicos com a perda de arrecadação.

Fechar agência bancária 'é crime', diz Bolsonaro

Na live desta quinta-feira, Bolsonaro afirmou que a reação do mercado à troca do presidente da estatal determinada por ele foi passageira, e que as ações da companhia voltaram a se valorizar rapidamente.

O presidente resolveu falar da Petrobras enquanto elogiava um plano de abertura de novas agências da Caixa, anunciado pelo presidente do banco estatal, Pedro Guimarães.

Ele lembrou que não concordou com o plano do Banco do Brasil de fechar agências no país, o que culminou com o pedido de demissão do então presidente da instituição, André Brandão.

"Quando se fala, por exemplo, em fechar agências com critério apenas visando lucro, isso é um crime. É um crime. Eu sou o maior acionista do Banco do Brasil... O banco também mudou de presidente, mudou diretoria, mudou muita gente lá para melhor", disse.