Inflação fica em 4,5%, mas itens essenciais sobem 30%
Boa parte da renda disponível está sendo comprometida com apenas algumas despesas
Em 2020, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação
oficial do país, ficou em 4,5%. Esse número, no entanto, é enganoso. As despesas consideradas essenciais tiveram alta de 30%
, pesando ainda mais no bolso do consumidor
.
A energia elétrica , por exemplo, subiu 9,12% e a alimentação em casa, 18,16%. Além de 21,65% no preço dos combustíveis. Com isso, o brasileiro, em média, tem comprometido muito mais da sua renda com itens essenciais. Os números levam em consideração o resultado de abril , que apontou um acumulado de 6,75% em 12 meses.
Os que mais sofrem com esse aumento de gasto essencial são os setores de serviços e turismo. O de serviços, por exemplo, apontou queda de 4% em março. Isso porque tendo que gastar mais para se alimentar, falta investimento para bares, restaurantes, etc.
De janeiro de 2020 para cá, a renda disponível (depois do pagamento de despesas essenciais) para gastar com esses itens caiu de 42,11% para 41,33%. Essa queda representou R$ 45 bilhões a menos de consumo para o brasileiro.
Outro ponto que preocupa é a bandeira vermelha na energia elétrica para o mês de maio, que promete encarecer as contas ainda mais. Isso significa uma cobrança adicional de R$ 4,169 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.