Bolsonaro alerta para possíveis apagões: "eletricidade vai dar dor de cabeça"
Segundo o presidente, país pode ter problema sério em relação à eletricidade
Segundo o presidente Jair Bolsonaro , o Brasil vive a maior crise hidrológica da história e pode ter problemas com o fornecimento de eletricidade . Falando com apoiadores, o presidente afirmou que o país pode ter um "problema sério pela frente", em referência à seca .
Na última sexta-feira, o GLOBO revelou que o governo decidiu acionar todas as usinas termelétricas que estejam disponíveis para garantir o suprimento de energia, diante de uma seca histórica na região das usinas hidrelétricas. O governo federal também decidiu importar eletricidade do Uruguai e da Argentina.
O Ministério de Minas e Energia (MME) garante que as medidas afastam o risco de racionamento, mas a conta de luz tende a ficar mais cara ao longo do ano.
"Nós estamos com um problema sério pela frente. Estamos vivendo a maior crise hidrológica da história. Eletricidade vai dar dor de cabeça. Não chove, é a maior crise que se tem notícia" afirmou o presidente.
A conversa com apoiadores ocorreu na chegada de Bolsonaro ao Palácio do Alvorada e foi gravada e editada por um canal simpático ao presidente.
Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que, no período entre setembro e abril, foi registrada a pior afluência para os reservatórios da região onde estão as hidrelétricas desde que isso começou a ser registrado, em 1931. Ou seja, foi o período em que menos entrou água das chuvas nas barragens em pelo menos 90 anos.
O resultado é que o nível dos reservatórios da região Sudeste/Centro-Oeste finalizou abril com o menor valor verificado para o mês desde 2015, quando o país também enfrentou crise hídrica severa. Essa é a principal região para o armazenamento de água do Sistema Interligado Nacional. O setor elétrico reúne essas duas regiões geográficas em uma só região operativa.
"Demos mais um azar aí. E a chuva geralmente é até março. Agora a gente está na fase que não tem chuva. Mas tudo bem, vamos tentar aí ver como a gente pode se comportar aí", disse o presidente.