Proteção ambiental: Brasil planeja gastar neste ano 20% da verba de 2020
Segundo diretor da Instituição Fiscal Independente, o governo desembolsou R$ 19,6 milhões até abril
O governo federal destinou R$ 65,6 milhões para a defesa do meio ambiente para todo o ano de 2021, informou o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente ( IFI ), Felipe Salto. Em suas redes sociais, o economista destacou que o valor é praticamentecorresponde a 20% dos R$ 340,6 milhões que foram desembolsados em 2020
Veja:
Em 2020, as ações orçamentárias "Controle e fiscaliz. ambiental", "Prev., fiscaliz., combate e contr. ao desmatamento" e "Fiscaliz. ambiental e prev. e combate a incêndios florestais" somaram 340,6 mi. P/ 2021, o Orçamento é 65,6 mi. Foram pagos 19,6 mi até 20/abr. (Siga-Brasil).
— Felipe Salto (@FelipeSalto) April 22, 2021
O montante do ano passado leva em conta o controle e fiscalização ambiental
, a prevenção, fiscalização, controle e combate ao desmatamento
; e fiscalização ambiental e prevenção e combate a incêndios florestais
.
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O cálculo considera não só o que foi pago em despesas que constavam do orçamento de 2020, como também os restos a pagar de anos anteriores que foram quitados no período.
De janeiro a abril de 2021, o governo gastou R$ 19,6 milhões em ações de proteção florestal - 29,8% da verba anual.
Histórico
Em 2020 , o número de focos de queimadas no país subiu 12,73% na comparação com 2019, segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
No total, o Brasil registrou 222.798 focos em 2020 , ante 197.632 no ano anterior. Isso representa o maior número de focos em uma década.
Na Cúpula do Clima de 2021, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), emitiu informações falsas para líderes mundiais sobre os recursos destinados a fiscalização ambiental e contariou uma de suas promessas de campanha.
Em 2018, Bolsonaro havia enfatizado que deixaria o Acordo de Paris caso fosse o vencedor das eleições presidenciais. Na Cúpula do Clima, porém, ressaltou que pretende cumprir as metas estabelecidas.
Segundo Bolsonaro, o governo federal determinou a "duplicação dos recursos destinados às ações de fiscalização". Porém, um ofício do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) - órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente - atesta graves restrições financeiras da pasta para realizar a conservação das áreas ambientais.