Auxílio emergencial: governo não deveria ter interrompido pagamentos, diz Mourão
Para o vice-presidente, Executivo precisaria ter entendido que a pandemia "não iria terminar em 31 de dezembro"
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou nesta sexta-feira (16) que o auxílio emergencial não deveria ter sido interrompido no fim do ano passado. Mourão disse que o governo deveria ter entendido que a pandemia da Covid-19 "não iria terminar em 31 de dezembro" e que a manutenção dos pagamentos seria importante.
A declaração foi feita em entrevista à Rádio Gaúcha, quando o vice-presidente foi questionado sobre erros do governo federal durante a pandemia . Mourão citou primeiro falhas na comunicação, como já havia dito, e depois acrescentou a manutenção do auxílio e de linhas de créditos.
"E, ao mesmo tempo, a curva da economia, a curva social, que foi a questão das linhas de crédito abertas, do auxílio emergencial que foi pago, ele deveria ter sido prolongado, tínhamos que ter entendido que a pandemia iria prosseguir, não iria terminar em 31 de dezembro do ano passado, para que a gente conseguisse manter essas duas curvas numa situação mais favorável possível."
No ano passado, foram pagas nove parcelas do auxílio emergencial, entre abril e dezembro, sendo cinco de R$ 600 e quatro de R$ 300. Após três meses de suspensão, o programa voltou a ser pago neste mês. Está previsto o pagamento de quatro parcelas, que podem variar de R$ 150 a R$ 375 por mês .
Na entrevista desta sexta, Mourão também foi perguntado sobre sua avaliação de atitudes do presidente Jair Bolsonaro e de outros membros do governo durante a pandemia, como o não uso de máscaras. O vice respondeu, contudo, que não comentaria o assunto publicamente por uma questão de lealdade.
"Eu entendo a sua preocupação, a sua pergunta, mas você lembra que eu sou o vice-presidente do presidente Bolsonaro, então não compete a mim tecer esse tipo de crítica, que para mim é deslealdade. O que eu tenho que falar a esse respeito eu falo intramuros", disse.