Funcionários da LG recusam indenização e fazem greve em Taubaté
Empresa anunciou fim da produção na fábrica no interior de São Paulo, o que pode custar o emprego de cerca de 700 trabalhadores
Os funcionários da LG
recusaram a proposta de indenização oferecida pela empresa sul-coreana e iniciaram greve nesta segunda-feira (12), após o anúncio do fim da produção na fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo
, o que pode custar o emprego de cerca de 700 dos 1 mil trabalhadores da unidade.
Na semana passada, a LG comunicou oficialmente o fechamento da divisão de celulares em todo o mundo , e ainda a transferência da produção do setor de monitores de Taubaté para Manaus . Funcionários de terceirizadas da empresa já haviam iniciado greve antes dos próprios registrados pela LG.
Em Taubaté, devem ser mantidos apenas os setores de call center e assistência técnica da LG , áreas que empregam cerca de 300 trabalhadores atualmente. Os demais, cerca de 700, perderiam seus empregos com a confirmação de saída da sul-coreana.
Greve
Na manhã desta segunda, trabalhadores votaram para decidir se aceitariam ou não a proposta de indenização social feita pela LG. Venceu a greve por tempo indeterminado na assembleia, que ocorreu na porta da fábrica, com funcionários da empresa e também de fornecedoras.
A proposta de indenização varia de acordo com o tempo de cada funcionário na empresa, com valores entre R$ 8 mil e R$ 35,9 mil . Os trabalhadores demitidos teriam plano médico até janeiro de 2022 e PLR, a participação nos lucros da LG.
Proposta de indenização social recusada
- Contratados a partir de 1º de janeiro de 2020: R$ 8.000;
- De 2 a 7 anos completos na empresa: R$ 19.353;
- De 8 a 13 anos completos: R$ 30.000;
- De 14 a 18 anos completos: R$ 32.901; e
- Acima de 19 anos completos na LG: R$ 35.904.