Guedes prevê resolver Orçamento até 22 de abril: ‘Sem briga’
Em entrevista, ministro da economia ressaltou acordos com congressistas para diminuir as verbas parlamentares e aumentar o índice de confiança do mercado no país
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta segunda-feira (05) que os impasses do Orçamento 2021 devem ser solucionados até 22 de abril “sem brigas” com o Congresso Nacional. A afirmação foi feita em uma live do site Infomoney .
De acordo com Guedes, as discussões sobre o texto apresentarem problemas de execução, mas foram acordados anteriormente. O ministro ainda endossou as negociações pacíficas com o Congresso Nacional .
"A informação é que uma base parlamentar conversando com o governo, e o barulho 'é que há uma briga'. Não tem briga. O mais importante é que está todo mundo conversando. É um orçamento grande, de R$ 1,5 trilhão, e, pela primeira vez, está todo mundo conversando. Não é este o clima [de 'guerra', de 'desentendimento'], de forma alguma. É muito mais um problema de coordenação da elaboração deste Orçamento", afirmou.
"Os acordos já tinham sido acertados. O problema foi mais de execução. Tem um prazo formal, que é o dia 22, mas acho que chegará mais cedo do que isso", concluiu Guedes.
Na entrevista, Guedes ressaltou a importância de diminuir os excessos no texto aprovado por parlamentares e equilibrar os cofres da União durante a pandemia .
"Alguns excessos que ocorreram precisam ser removidos. Tenho certeza de que não foi nada de má-fé. É natural de um time que não jogou junto ainda. É natural que a soma das partes exceda o que era possível fazer. É da política. Disseram que havia desentendimento, mas estamos de acordo de que precisamos cumprir as exigências jurídica e política", afirmou Paulo Guedes.
Aprovado pelo Congresso no fim do mês passado, as despesas da Lei Orçamentária Anual de 2021 não agradou à equipe econômica devido ao aumento, de última hora, imposta pelo relator da medida em emendas parlamentares. Em discussões internas, Guedes afirmou a Jair Bolsonaro que essa mudança prejudicaria os cofres públicos e poderia ocasionar em impeachment.
Divido entre a ala econômica e política, Bolsonaro foi a campo para negociar com congressistas a diminuição da peça orçamentária. O relator do Orçamento, senador Márcio Bittar (MDB-AC), ofereceu a redução de R$ 10 bilhões em emendas para ter a sansão do Palácio do Planalto . Mesmo assim, a equipe de Guedes alertou para riscos de “pedaladas” nas contas públicas.