Construtora cria clube do livro para empregados e oferece até R$ 660 por leitura
Para estimular a leitura, Vanoncini pagará 100 euros por livro lido
Um desafio lançado pela empresa Vanoncini Edilizia Sostenibile de Mapello, na Itália, no início do ano fez uma pequena revolução cultural dentro da construtora para estimular a leitura e também a habilidade de falar em público: cada livro lido e apresentado pelos funcionários, a maioria pedreiros, rende 100 euros (R$ 666,00) para o colaborador.
O "Clube do Livro" tem, nessa etapa inicial, uma lista com 60 títulos diferentes, que vão desde manuais de autoajuda até obras clássicas de Fiódor Dostoiévski e Alexandre Dumas.
Após a leitura, o funcionário deve fazer uma apresentação sobre a obra - com os pontos que achou mais relevantes - durante as reuniões quinzenais da equipe de cerca de 80 pessoas.
Os donos da construtora prometem dobrar e triplicar o valor se o colaborador ler e apresentar duas ou três obras.
"Eu acredito fortemente no valor da cultura e da formação. Sei que, às vezes, porém, o cansaço ou até a preguiça afastam as pessoas da leitura. Por isso, decidi incentivar os meus colaboradores a ler e criamos duas reuniões por mês para que eles possam participar ou apresentar um livro. A adesão foi completa e também mais empolgada do que poderia esperar", disse o CEO da Vanoncini, Danilo Dadda, ao jornal "Corriere della Sera".
Conforme Dadda, os resultados foram além do esperado e "há funcionários mais felizes para dividir as 'descobertas' com os colegas".
Segundo dados do governo italiano, a média de leitura do país é de 10 livros por pessoa por ano.