PF cumpre mandados de busca contra suspeitos de aplicarem vacinas falsas em MG
Investigadores suspeitam que dupla teria importado vacinas ilegalmente ou aplicado vacinas falsas em empresários do setor de transporte em Belo Horizonte
A Polícia Federal cumpriu na tarde desta terça-feira (30) mandados de busca e apreensão na casa da cuidadora de idosos, Cláudia Pinheiro Torres de Freitas, suspeita de aplicar vacinas falsas em empresários do setor de transporte em Belo Horizonte (MG) . O filho dela, Igor Torres de Freitas, também foi levado para prestar depoimento.
As suspeitas contra a dupla surgiram após os depoimentos dos empresários Rômulo e Robson Lessa confirmaram a compra de doses da vacina contra a Covid-19 da mulher. Aos investigadores, os empresários afirmaram que pagaram R$ 600 pelo imunizante sem procedência.
Segundo a PF, as doses podem ter sido adquiridas ilegalmente por meio de importação ou por desvios de imunizantes do Ministério da Saúde, caso já investigado pela cúpula mineira da corporação.
Em buscas realizadas na casa dos suspeitos e na garagem de ônibus onde teria ocorrido a vacinação, os policiais apreenderam documentos, computadores, celulares e uma lista com 57 nomes de pessoas que teriam recebido o imunizante falso.
A investigação aponta que Cláudia, que possui passagens por furto, se passava como enfermeira. Não há registro da suspeita no Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) .
Os investigadores não informaram se há mandados de prisão contra os suspeitos. A PF informou que um motorista dos irmãos Lessa também está prestando depoimento nesta terça-feira.