Vacinar informais em até quatro meses é "obrigação", afirma Paulo Guedes

Ministro da Economia defende que a vacinação em massa é o caminho mais barato para sair da crise econômica

Foto: Lorena Amaro
Paulo Guedes defende vacinação em massa como saída para a crise econômica

O ministro da Economia, Paulo Guedes , defendeu a vacinação em massa como solução para a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. Para ele, é obrigação do governo vacinar os trabalhadores informais nos próximos quatro meses .

"Mesmo liberando esse auxílio emergencial , que deve ajudar na sobrevivência nesse período, temos a obrigação de vaciná-los [os informais] nos próximos três ou quatro meses", disse durante coletiva de imprensa na noite desta segunda-feira (22). 

O ministro ressaltou que os brasileiros no mercado informal são mais suscetíveis à contaminação, uma vez que dependem das ruas para seu sustento e não podem cumprir o isolamento. O ministro defende pontanto que estes precisam de prioridade na fila de vacinação. 

"Temos que evitar a crueldade do dilema que é: ou fica em casa com dificuldades para a manutenção da sua sobrevivência ou vão sair arriscando a vida", disse Guedes. "A vacinação em massa tem que ser acelerada para garantir a chance de sobrevivência e o retorno seguro ao trabalho, principalmente para as camadas mais vulneráveis", acrescentou.

Esta é a terceira vez que o ministro da Economia defende a vacinação em massa publicamente. Antes em entrevista à jornais espanhóis , e depois em coletiva .  

Além disso, guedes alertou que apesar da arrecadação recorde em fevereiro , o Brasil ainda está sujeito à um recrudecimento nas contas decorrente dos impactos da pandemia.

"Devemos sofrer algum impacto já na segunda quinzena de março e, possivelmente, no mês de abril. Quero deixar aqui muita ênfase na necessidade de vacinação em massa", reforçou.