Auxílio emergencial de Bolsonaro paga sete Big Macs; o de Biden, 35 vezes mais
Levantamento realizado desde 1986 pela revista The Economist usa o preço do lanche, vendido em praticamente todo o mundo, para apurar sobre o poder de compra da população de cada país
Você aí talvez esteja pensando "mas que comparaçãozinha sem pé nem cabeça, auxílio emergencial e Big Mac , o repórter pirou"? Diga isso à revista "The Economist". Desde 1986, a mais influente revista de economia do mundo usa o preço do lanche, vendido em praticamente todos os países, para aferir o pomposo "Poder de Paridade de Compra" de cada moeda. Traduzindo o economês, é uma maneira de se estimar o poder aquisitivo de cada cidadão do mundo.
Em janeiro de 2021, cada lanche custava no Brasil R$ 21,90 . Para norte-americanos, US$ 5,66. Ou seja, cada real tem o mesmo poder de compra de US$ 3,87. Um valor 31% abaixo dos US$ 5,62, cotação da moeda americana no fechamento à vista de terça-feira (16).
Obviamente, quem receber o novo auxílio emergencial não sairá comprando o "número um" no Brasil. Vai atrás de arroz, feijão, com algum esforço, carne. Mas, para base de comparação, os R$ 150 da maior parte de 20 milhões de recebedores seriam capazes de comprar sete lanches do McDonald's (para sermos mais exatos, 6,8). Já os R$ 250 de 16,7 milhões de famílias, 11 sandubas. E os R$ 375 para 9,3 milhões, 17 Big Macs.
Já nos Estados Unidos , cada um dos cheques enviados pelo presidente Joe Biden pagaria por nada menos que 247 Big Macs. Ou seja, 35 vezes mais sanduíches do que o valor recebido pela maior parte de quem receberá auxílios emergenciais nessa próxima leva, no Brasil.