LinkedIn: “O empregador não quer um robô”, alerta especialista, que dá dicas
Rede social de empregos vem crescendo com oportunidade para empregadores e candidatos; saiba como potencializar seus resultados com dicas de uma gestora de pessoas que trabalha com recolocação profissional
O LinkedIn é uma rede social que conecta profissionais e empresas. Atualmente, mais de 740 milhões de pessoas têm um perfil no LinkedIn no mundo inteiro, sendo 47 milhões, só no Brasil. 50 milhões de empresas contratam por lá. Com tanta concorrência, é preciso se destacar. O iG conversou com uma especialista, que deu importantes dicas para quem está à procura de recolocação ou de uma oportunidade melhor no mercado de trabalho.
Além de divulgar vagas de emprego
e oportunidades de capacitação, a rede também oferece cursos gratuitos e pagos para impulsionar seu desempenho no próprio LinkedIn, nos processos seletivos e entrevistas de emprego.
Vivian Castanheda, gestora de pessoas e especialista em recolocação profissional, destaca que um perfil claro e sincero é decisivo para o primeiro emprego ou para uma nova oportunidade. “Hoje, a maioria dos recrutadores trabalha com LinkedIn. Se você colocar o link [do LinkedIn] no currículo, não precisa por nenhuma outra rede social ou informações extras”, diz.
Castanheda revela que “antes mesmo da entrevista de emprego, muitos recrutadores fazem uma pré-seleção pelo conteúdo e pelo comportamento observado no LinkedIn”. Para ela, um bom perfil deve conter todas as informações necessárias para conhecer o candidato em sua complexidade. Ainda assim, “um perfil bom é um perfil clean. Ninguém passa, nem deve passar horas no LinkedIn enchendo o perfil de informação. Menos é mais”, afirma.
Saiba como ter um perfil que chama a atenção dos empregadores:
Atualidade
De acordo com levantamento feito pela plataforma, os usuários com os cargos atualizados aumentam em 8 vezes a visualização do seu perfil.
Mesmo que você esteja desempregado , é importante sinalizar sua ocupação atual e adicionar ao seu perfil toda atividade que você já realizou, desde projetos da faculdade e trabalhos voluntários até experiências dentro de empresas.
Ainda assim, Castanheda recomenda cautela: “É muito complicado mentir no LinkedIn porque o plano é que essa relação saia do virtual. E se sair, você vai fazer o que? Por isso é muito importante ser sincero com suas habilidades e suas limitações”.
Ela conta que, certas vezes, “a pessoa é tão bem sucedida e tão especialista em tudo, que os recrutadores desconfiam e dão vez para alguém que ressalte seus traços pessoais e suas habilidades comprováveis”.
Fotografia e sinceridade
Como o LinkedIn não é uma rede social como o Instagram ou o Twitter, a foto de perfil causa muitas dúvidas.
Castanheda ressalta a importância da coerência entre os perfis de redes sociais:“Hoje é muito fácil você encontrar o Instagram pessoal ou o Facebook de uma pessoa. E se essas duas pessoas colidirem, o você do Instagram e o você do LinkedIn, vai gerar a impressão de falsidade ou de indecisão”.
“Não é possível uma pessoa ter três perfis na vida real”, reforça. “É importante saber se portar em todos os espaços, e ter cuidado com o tipo de informação que você publica, mas hoje, não dá mais pra ser um robô no LinkedIn”, diz a gestora, em referência aos perfis idealizados e burocráticos da rede. E completa: “Os recrutadores não querem robôs. Querem pessoas”.
O ideal é escolher uma foto que represente como você se apresentaria em uma entrevista de emprego. Além de analisar a roupa, o fundo e os acessórios, fotos em ambientes que remetem a sua área podem funcionar melhor.
Um perfil com foto é 21 vezes mais acessado e recebe 9 vezes mais pedidos de conexão. Mostre bem o rosto e sorria se for da sua personalidade, aconselha Castanheda.
Por fim, e mais importante, deixe e-mail e telefone celular. Como os usuários do LinkedIn passam, em média, 17 minutos por mês na rede social, as empresas procuram a forma mais rápida de contato.