Lula ataca privatizações e Guedes e defende Petrobras e investimentos públicos

Ex-presidente discursou hoje em São Bernardo do Campo, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Foto: Reprodução: iG Minas Gerais
Lula discursando nesta quarta-feira no ABC paulista

Nesta quarta-feira (10), Luis Inácio Lula da Silva fez seu primeiro pronunciamento após a anulação das condenações pela Lava Jato , pelo ministro Edson Fachin , do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente criticou a gestão de Bolsonaro e Guedes , e seu projeto de privatização, e afirmou que o Brasil não merece estar na 12ª colocação no ranking da economia dos países "não nasceu para ser pequeno", disse ele.

"Esse país chegou a ser a sexta economia do mundo. Esse país tinha um projeto de nação. O que esse país tem hoje?"

"Esse país não tem governo. Esse país não cuida da economia. Não cuida do emprego, não cuida do salário, não cuida da saúde, não cuida do meio ambiente, não cuida da educação do jovens, da meninada da periferia. Ou seja, do que que eles cuidam?", acrescentou Lula indignado. 

Defesa das estatais


Sobre as condenações na 13ª Vara Federal de Curitiba, Lula falou que o correto seria terem investigado a corrupção, terem prendido políticos e empresários ladrões, mas "manter as empresas funcionando", disse em defesa da Petrobras. O petista cita um estudo que indica perdas de R$ 172 bilhões em investimentos no Brasil com a Operação Lava Jato, além da destruição de mais de 4 milhões de empregos.

Para Lula, o projeto neoliberal capitaneado por Paulo Guedes não gerará o desenvolvimento necessário para fazer o país crescer. Segundo ele, o ministro da Economia não está preocupado com investimento e geração de empregos, pensa apensas em "vender, vender, vender..."

"Vocês já ouviram o Guedes falar em desenvolvimento econômico, geração de emprego, distribuição de renda? É só vender, vender. (...) O que vai fazer nossa dívida diminuir em relação ao PIB é desenvolvimento econômico", disse o ex-presidente. 

Freio na indústria de automóveis


Segundo análise de Lula, a indústria automobilística de hoje é "metade do que era em 2008", durante seu período na presidência, em alusão à saída das fábricas da Ford do Brasil no mês passado.