"O que importa é ser bom gestor", diz Michael Klein sobre atuação de Bolsonaro
Para empresário, a pauta econômica dá respaldo ao governo
O empresário Michael Klein , em entrevista ao Estadão, disse estar satisfeito com a gestão Bolsonaro . Para ele, a deterioração do mercado nos últimos dias não justifica a retirada do presidente. “Se alguém perguntar em termos de avaliação, eu manteria ele. Vamos dizer, renovaria por mais quatro anos”, disse o acionista majoritário da Via Varejo .
Além disso, o empresário Michael fez questão de ressaltar o ponto forte do mandato do presidente, a manutenção do ministro da Economia. “A conduta que ele está tomando para manter o ministro da Economia, Paulo Guedes, que está fazendo um bom trabalho”, disse ele, apesar de não concordar com a retirada de Roberto Castello Branco da direção da Petrobras.
"Quem dá lucro, a gente quer manter", disse ele sobre a troca por Joaquim Silva e Luna no comando da empresa.
"Vou dizer o que eu li. O que ele está fazendo é substituindo um imposto. Está retirando um imposto de gás de cozinha e de diesel e vai cobrar em alguma outra coisa, porque, pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o desconto que der em um imposto tem de ser coberto por um novo imposto" disse o empresário quando perguntado sobre a estatal.
Na avaliação sobre os principais pontos positivos dos últimos dois anos da gestão Bolsonaro, ele aponta a economia como o carro-chefe da administração bolsonarista.
Quando questionado sobre o combate à pandemia do novo coronavírus, ele disse que o Brasil está fazendo o que é "possível" no momento. "É um País muito difícil: rotas muito distantes, sair para vacinar no interior do Amazonas, ir para Mato Grosso, precisa ter uma logística muito boa e uma boa vontade de vacinar todo o pessoal. Eu logo, logo, acredito, mais uns dois meses, vou estar na fila da vacinação", disse o empresário otimista.
"Espero que a gente consiga correr atrás e vacinar o quanto antes a maior parte da população para não termos um boom novamente de muitas mortes no País. Mas não posso responsabilizar ninguém por isso (pelas mortes). Desculpe a franqueza".