Indústria desacelera e cresce 0,4% de dezembro para janeiro
Em 12 meses setor acumula queda de 4,3%.
A produção industrial brasileira começou 2021 com um resultado positivo. Cresceu 0,4% na passagem de dezembro para janeiro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje (5), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) .
A indústria também cresceu 0,8% na média móvel trimestral e 2% na comparação com janeiro do ano passado. No acumulado de 12 meses, no entanto, a produção teve queda de 4,3%.
De maio de 2020 a janeiro de 2021, a produção acumulou crescimento de 42,3% e eliminou a perda de 27,1% registrada em março e abril, início do isolamento social devido à pandemia de covid-19. O setor ainda está em um patamar 12,9% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
Na passagem de dezembro para janeiro, 11 das 26 atividades pesquisadas tiveram alta, com destaque para os alimentos, que cresceram 3,1%. Outros segmentos que tiveram taxas de crescimento importantes foram:
- indústrias extrativas (1,5%);
- produtos diversos (14,9%);
- celulose, papel e produtos de papel (4,4%);
- veículos automotores, reboques e carrocerias (1,0%);
- móveis (3,6%).
Estabilidade
Os artigos de vestuário e acessórios mantiveram-se estáveis, enquanto 14 atividades tiveram queda, sendo as maiores delas observadas em:
- metalurgia (-13,9%);
- equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-10,6%);
- coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,4%);
- outros equipamentos de transporte (-16,0%);
- máquinas e equipamentos (-2,3%);
- produtos do fumo (-11,3%);
- manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-4,9%);
- produtos têxteis (-2,5%).
Das quatro grandes categorias econômicas, duas tiveram alta na passagem de dezembro para janeiro: bens de capital , isto é, as máquinas e equipamentos usadas no setor produtivo (4,5%) e os bens de consumo semi e não duráveis (2%).Os bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivo recuaram 1,3%, já os bens de consumo duráveis caíram 0,7%.