Visão política e eleitoreira atrasa vacinação, critica empresário Janguiê Diniz

Entrevistado do Brasil Econômico ao Vivo desta quinta (4) afirma que o setor produtivo do país estava interessado em adquirir vacinas para imunizar funcionários, mas a gestão pública os atrapalhou

Foto: Brasil Econômico / Guilherme Naldis
Empresário e fundador do grupo Ser Educacional foi o entrevistado da live do Brasil Econômico ao Vivo desta quinta-feira (4)


Entrevistado na live do  Brasil Econômico desta quinta-feira (4) , o empresário e fundador do grupo Ser Educacional, Janguiê Diniz, afirma que o setor produtivo compraria vacinas e as aplicaria em seus funcionários se pudesse, mas a “antecipação das eleições” por parte do Governo Federal atrapalha a imunização.

Fundador da rede de universidade que tem mais de XX mil funcionários, Diniz diz que “já estava pronto para comprar vacina e aplicar em todos os meus colaboradores, e muito outros empresários fariam o mesmo”, o que, na visão dele, aliviaria muito a carga dos estados, dos municípios e da União. “Acredito que se pudéssemos comprar, seria algumas milhões de vacinas a menos nos custos do Governo Federal”, diz.

O governo, entretanto, adotou uma visão política e eleitoreira que impede a imunização geral, afirma, e nessa briga de egos, quem perde é o povo e a economia brasileira. 

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Diniz avalia que o governo agiu mal durante a pandemia ao não propor uma diretriz conjunta entre os membros da federação. Ainda assim, ele considera que o auxílio emergencial e as medidas trabalhistas são positivas, apesar de não alcançarem toda a população.

O empresário aponta que somente a vacinação pode tirar o país da crise econômica e sanitária, além de a medida devolveria a esperança para o povo e para os investidores, que, segundo ele, já não querem investir aqui. 

“Mesmo que se gaste bilhões de reais na compra de vacinas, seria mais barato que enfrentar esse tombo e esse prejuízo que vivemos”, destaca. 


Educação e empreendimento


Janguiê Diniz aposta que o futuro da educação é digital. Para ele, apesar da perda que o setor sofreu durante 2020, muitas escolas particulares que já tinham as plataformas para aulas on-line se adaptaram bem.

Apesar disto, “as redes públicas não tinham cultura e tecnologia para se adaptar ao modelo a distância. Até hoje, estamos vendo que alguns alunos não estão tendo aula porque não tem o aparelho necessário ou internet. Isso quando a escola tem a estrutura necessária”, diz.

“A qualidade do ensino presencial e a distância é a mesma, e o próprio MEC (Ministério da Educação) já disse isso”, avalia o empresário, mas aponta que “o presencial evita a evasão devido ao toque, à convivência, e essa taxa chega a cerca de 20%. No ensino a distância, o número de evasão é 50% porque requer disciplina, determinação e foco. Aí a pessoa não acompanha e desiste”. 


Lives Brasil Econômico


Semanalmente, a equipe do Brasil Econômico traz um entrevistado diferente para discutir assuntos relevantes da economia atual, sempre às quintas, 17h. 

Janguiê Diniz, fundador do grupo Ser Educacional e do Instituto Êxito foi entrevistado pela editora do portal iG, Ludmila Pizarro e pelo jornalista e fundador do Brasil Econômico, Ricardo Galuppo. 

Diniz ainda opinou sobre os novos lockdowns e falou sobre como a educação mudou sua trajetória e as possibilidades que o empreendedorismo pode oferecer ao indivíduo e à sociedade.

Assista na íntegra!