Proposta prevê redução de 65% no auxílio emergencial

Centro de Liderança Pública elaborou uma versão que contemplaria até 95 milhões de pessoas

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
CLP elabora proposta para reduzir custos do auxílio emergencial

O Centro de Liderança Pública (CLP) formatou uma nova proposta para o auxílio emergencial . O centro sugere dois formatos de benefício , de R$ 50, para beneficiários do Bolsa Família , e de R$ 100, para os não contemplados pelo programa. Por mês essa versão do auxílio custaria R$ 8 bilhões, significando uma redução de 65% no valor pago no ano passado. A proposta, no entanto, chegaria a 95 milhões de pessoas

Durante a pandemia de C ovid-19 , o auxílio emergencial foi pago, inicialmente, em parcelas de R$ 600, e de R$ 1,2 mil para famílias comandadas por mães solteiras. Em setembro o benefício passou a ser de R$ 300 e durou até o fim do ano passado. Para este ano o Ministério da Economia e o Legislativo ainda procuram meios de viabilizar a proposta.

Os custos do programa são de aproximadamente R$ 40 bilhões mensais na primeira fase e após a redução das parcelas o valor seria de R$ 20 bilhões. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que deverá ser votada nesta quinta-feira (25) para um novo marco fiscal, prevê a autorização para recriar o auxílio.

Segundo apuração do Estadão, nos bastidores, a equipe econômica do governo estuda gastar até R$ 40 bilhões com um novo auxílio, trabalhando com a meta de pagar R$ 250 mensais de março a junho. Com a continuidade da pandemia e a demora na vacinação, a necessidade de uma nova etapa de pagamento do auxílio voltou a ganhar força.

"Essa nova proposta tiraria 2,7 milhões de pessoas da pobreza e mais 2,5 milhões de pessoas da extrema pobreza. E cada mês de pagamento do benefício que estamos sugerindo demoraria um ano para ser pago. É bastante tempo, mas não podemos cair na armadilha de fazer um novo programa sem cuidado, que deixaria uma conta impagável para as próximas gerações", disse Luiz Felipe D'Avila ao jornal.