Bolsonaro critica fiscalização da gasolina pelo Inmetro; órgão responde
Instituto Nacional de Metrologia (Inmentro) afirmou que se articulará com entidades regulatórias para averiguar fraudes na cobrança de combustíveis
Após receber críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a avaliação do volume de combustíveis vendidos em postos revendedores, o Instituto Nacional de Metrologia ( Inmetro ) informou, nesta terça-feira (23), que está articulando ações com outros órgãos para intensificar a fiscalização nas bombas medidoras.
Além do Inmetro, o presidente mencionou a Receita Federal, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).
No último sábado, Bolsonaro afirmou que a formação de preços dos combustíveis no Brasil é uma caixa preta. Ele criticou a qualidade dos produtos e disse que a gasolina e o óleo diesel poderiam ser 15% mais baratos, se os órgãos de fiscalização estivessem "funcionando".
Em resposta ao jornal O Globo, o Inmetro destacou que, independentemente dessa articulação com instituições como a ANP e a própria polícia, são realizadas operações de campo durante todo o ano, por meio da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade Inmetro.
Investigações
Em 2020, foram 318.581 operações de verificações. Em 2019, antes do surto de Covid-19, foram 416.522 incursões.
O Inmetro também informou que está em fase de implantação da certificação digital das bombas medidoras de combustíveis em todo o país.
A assinatura digital é feita no "pulser", um componente da bomba que integra o transdutor, dispositivo responsável pela conversão da energia gerada pelo abastecimento na informação digital que o consumidor vê na bomba, com a quantidade de volume entregue.
"Com as mudanças, essa informação passa a contar com uma assinatura digital, que aumenta a segurança. Para isso, o Inmetro operará como uma autoridade certificadora de objetos de primeiro nível na infraestrutura de chaves públicas brasileira (ICP-Brasil), algo inédito no Brasil", ressaltou o órgão.