“O Petróleo é nosso ou é de um grupo no Brasil?”, questiona Bolsonaro

Presidente voltou a se pronunciar sobre a troca no comando da estatal

Foto: Sérgio Lima/Poder360
Bolsonaro rebate acusações e firma posição frente à críticas do mercado financeiro

Na manhã desta segunda-feira (22) o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dar declarações a respeito da troca na presidência da Petrobras . Em conversa com apoiadores na frente do Palácio da Alvorada, Bolsonaro defendeu a troca e questionou “O Petróleo é nosso ou é de um pequeno grupo no Brasil?”. O presidente afirmou também que a antiga política fazia "muito feliz" alguns grupos do mercado financeiro .

Após a nomeação de Joaquim Silva e Luna, ex-presidente da Itaipu Binacional, na sexta-feira (19) e reações negativas no mercado devido a possível interferência do Planalto na política de preços da estatal, Bolsonaro se pronunciou. “Foi anunciado 15% no diesel e 10% na gasolina. Abaixou o percentual? Não ta valendo o mesmo percentual? Como que houve interferência? O que eu quero da Petrobras é transparência e previsibilidade, nada além disso”. 

Ao defender a troca no comando, o presidente afirmou ser sua responsabilidade a mudança de qualquer subordinado. “Dia 20 de março encerra a vigência do mandato do atual presidente. É direito meu reconduzir ou não, ele não será reconduzido, qual o problema?”

Sobre as críticas de conduzir mais um militar ao comando de um cargo no governo, Bolsonaro rebateu. "Ele é um general sim, estava a frente da Itaipu Binacional, saneou toda a empresa e só o ano passado investiu dois bilhões e meio de reais em obras.”

Além disso, o presidente criticou o regime de trabalho do ex-presidente Roberto Castello Branco, que estava trabalhando de casa. “O atual presidente da Petrobras está onze meses em casa, sem trabalhar, trabalha de forma remota”, disse o presidente. “Isso pra mim é inadmissível. Imagina eu presidente em casa aqui o tempo todo no Alvorada”, acrescentou Bolsonaro. 

O presidente também criticou os recentes reajustes de preços dos combustíveis, que segundo ele, não estão em conformidade com os preços internacionais. "Não consigo entender ter um reajuste de 15% em duas semanas, não foi essa a reavaliação do dólar aqui dentro, nem no preço do barril lá fora”. “Exigo transparência de supervisionado meu” adicionou.