Ford não poderá fazer demissão coletiva, confirma Justiça do Trabalho

Liminar da Justiça do Trabalho impede dispensa em massa dos trabalhadores da fábrica de Taubaté (SP)

Foto: Edilson Dantas/Agencia O Globo
Sindicato faz vigília em fábrica da Ford em Taubaté após anúncio de saída do Brasil


A Justiça do Trabalho confirmou nesta segunda-feira (22) a liminar que proíbe a montadora Ford de demitir coletivamente os trabalhadores da fábrica de Taubaté (SP) . A empresa também continua impedida de se desfazer de bens e maquinários até a conclusão das negociações coletivas.

A decisão foi motivada por um recurso da empresa, apresentado após a decisão proferida no dia 5 de fevereiro, que também impediu a dispensa em massa dos empregados. 

A liminar foi assinada nesta manhã pela desembargadora Maria da Graça Bonança Barbosa, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas.

Na mesma decisão, a desembargadora deferiu parcialmente pedido da montadora para desobrigar a empresa de fornecer em 30 dias um cronograma de negociação coletiva e para garantir que não há mais necessidade da participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) nas negociações entre a Ford e o sindicato da categoria .


Fim das atividades 


A Ford anunciou,  em janeiro, o fechamento de todas as suas fábricas no Brasil, após mais de 100 anos montando veículos no país. 

Em nota à época do anúncio, a empresa citou, entre outros fatores, os impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), que “amplia a persistente capacidade ociosa da indústria e a redução das vendas, resultando em anos de perdas significativas”.