Energia mais cara: chuva em hidrelétricas fica abaixo da média em toda a década
As regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde ficam as principais usinas hidrelétricas, registraram níveis baixos de chuva entre 2011 e 2020
A chuva nas regiões Sudeste e Centro-Oeste ficou abaixo da média em todos os anos da última década. Os dados são do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), órgão ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Como as duas regiões são onde estão as usinas hidrelétricas responsáveis por mais da metade da energia gerada no Brasil, a falta de chuva acabou contribuindo para que as contas de luz ficassem mais caras , como informa o G1.
Segundo dados da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), na última década (entre 2011 e 2020) as tarifas de energia elétrica residenciais tiveram salto de 74,3%.
Quando a falta de chuva afeta a geração das hidrelétricas , o país precisa acionar mais usinas termelétricas , que gastam mais para gerar energia. Diante disso, o aumento do preço é repassado para o consumidor.
E é exatamente o que aconteceu na última década. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgados pelo G1, os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste registraram armazenamento médio de 54,13% entre 2011 e 2020. Na década anterior, entre 2001 e 2010, a média tinha sido de 76,83%.