Nove são presos suspeitos de falsificar raspadinhas no Rio de Janeiro

Quadrilha era investigada pela Polícia Civil há dois meses, após denúncia da Loterj sobre irregularidades em bilhetes de loteria expressa

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Polícia investigava quadrilha há dois meses, após denúncias da Loterj

A Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) desbaratou uma quadrilha que falsificava blihetes de loteria expressa , as chamadas raspadinhas . Na manhã desta quinta-feira, durante a operação Apatéonas — golpistas, em grego — foram presos Reinaldo Justino Júnior e Sidney Benitez de Farias, apontados como líderes do esquema, e mais sete suspeitos de envolvimento.

Durante pelo menos dois meses a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) monitorou o bando — após a Loterj comunicar que tinha detectado cartelas de jogos de Minas Gerais que estavam sendo vendidas em pontos de varejo do Rio, o que é proibido.

No entanto, durante as investigações, os agentes descobriram que as raspadinhas não vinham de Minas Gerais , mas sim eram fabricadas em uma gráfica clandestina em Nilópolis, na Baixada Fluminense.

Segundo a DRCPIM, a gráfica tinha capacidade para imprimir cerca de 100 mil raspadinhas por dia, causando um prejuízo de cerca de R$ 6 milhões por mês aos consumidores.

Na ação, os agentes encontraram cerca de um milhão de raspadinhas falsas, além dos maquinários para a impressão.

Segundo o delegado Maurício Demétrio Afonso Alves, o produto era comercializado em todo o estado do Rio.

"Eles fabricavam e vendiam o jogo em todo o estado. O importante da investigação é desarticular uma quadrilha que estava dando cerca de R$ 6 milhões de prejuízo aos órgãos estaduais e iludindo a população", contou.

Os presos responderão por estelionato e por promover falsa loteria. Em caso de condenação, as penas somadas chegam a oito anos de prisão. Já os donos dos pontos de venda responderão junto ao Código do Consumidor .

A reportagem tenta contato com a Loterj.