Reformas e vacinação definirão os próximos dias do governo, diz Guedes

De acordo com o ministro, os próximos meses serão de atenção especial à vacinação, geração de empregos e reformas tributárias e administrativas

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM - RJ) e o ministro da Economia, Paulo Guedes


Nesta quinta-feira, 28, o ministro da Economia Paulo Guedes afirmou, em entrevista ao G1, que "o desejo do executivo é o de desobstruir a pauta do Congresso nos próximos 30 a 60 dias” e prosseguir as votações das reformas paradas na Casa. 

A afirmação acontece três dias antes da eleição para o novo presidente da Câmara dos Deputados. A disputa acontece entre Baleia Rossi, apoiado pelo atual presidente Rodrigo Maia, e Arthur Lira, apoiado pelo Planalto

Enquanto líder da Casa, Maia não pautou as reformas tributárias e administrativas enviadas pela pasta de Guedes. A expectativa é que Rossi, seu candidato e correligionário, siga a mesma tendência com  alguma das duas reformas , se eleito. Lira, por sua vez,  prometeu abrir votação para a reforma administrativa e avaliar a tributária em um segundo momento. 

Paulo Guedes disse que o “timing é dos políticos”, mas trabalhará para Câmara e Senado acelerarem e as medidas e se adequarem a elas, que já estão nas duas casas. Para o ministro, as ações podem ajudar a abrir espaço no orçamento para melhorar a assistência social, melhorar a produtividade da economia e gerar empregos.


Vacinas e manutenção 


Na mesma entrevista, Guedes repetiu o discurso adotado recentemente pelos membros do executivo. “O foco agora é saúde, que significa vacinação em massa”, disse. Há dois dias, o ministro disse que a  imunização da população  "é decisiva, é um fator crítico de sucesso para o bom desempenho da economia logo à frente”.

O líder da pasta da Economia também anunciou que sua equipe está estudando maneiras de estender o programa de manutenção de empregos que vigorou até 31 de dezembro e que foi responsável, segundo o governo, pela manutenção de 11 milhões de vagas formais. O programa custou R$ 34 bilhões.


“Estamos manobrando dentro das nossas restrições, dentro das regras em vigor, para abrir espaço para este programa voltar”, disse, após mostrar os dados da geração de empregos de 2020 .