Fim do auxílio vai elevar a inadimplência no país, diz estudo

Levantamento dos Indicadores Econômicos da Boa Vista indica que o auxílio também contribuiu para a elevação do crédito

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A conta de poupança social digital permite que as pessoas recebam o auxílio emergencial e outros benefícios sociais e previdenciários sem pagar qualquer tarifa


Um estudo elaborado pelos Indicadores Econômicos da Boa Vista indica que o auxílio emergencial pago pelo Governo Federal contribuiu diretamente na queda de pagamentos atrasados, isto é - com datas de vencimento atrasadas em mais de 15 dias no segundo semestre de 2020.

Em abril do último ano, esses atrasos chegaram a 25,8% para beneficiários do auxílio. Em outubro, essa parcela caiu para 18,3%. Entre aqueles que não receberam o benefício, o valor caiu de 17,7% para 15,6%.

O estudo também conclui que o auxílio colaborou no pagamento de dívidas bancárias, o que teria sido responsável pela recuperação do crédito.

A taxa de inadimplência com recursos livres do consumidor encerrou 2020 em cerca de 4,3% - uma redução de 14% em relação ao mesmo período de 2019, quando marcava 5,0%.

É esperado que o fim do auxílio emergencial e dos prazos de carência para postergação de dívidas, sobretudo no segundo trimestre de 2020, provoque uma elevação nestes indicadores neste ano.