Dez doses da vacina CoronaVac por R$ 98 na internet? Procon alerta para golpe
Site, que já saiu do ar, vendia doses falsas do imunizante; órgão de defesa do consumidor comunicou o caso à polícia
Em meio às incertezas sobre o calendário de vacinação do governo federal contra a Covid-19
e a corrida pela aprovação das vacinas, o Procon-SP, órgão de defesa do consumidor, alerta para golpes envolvendo a CoronaVac, vacina produzida pela chinesa Sinovac e o Instituto Butantan
. O Procon diz que as vacinas não serão vendidas pela internet e que qualquer iniciativa nesse sentido é um golpe.
A vacina contra a Covid-19 ainda não foi disponibilizada ao público. O imunizante sequer chegou ao Sistema Único de Saúde (SUS) ou clínicas particulares e farmácias, já que ainda está em fase final de aprovação.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) diz ter recebido nesta sexta-feira (8) o pedido do Instituto Butantan para uso emergencial da CoronaVac . Segundo o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, a meta é vacinar gratuitamente 9 milhões de paulistas entre 25 de janeiro e 28 de março.
O Procon recebeu denúncias contra o site Farmácia 24 horas , que vendia dez caixas com doses da CoronaVac por R$ 98. O anúncio, evidentemente, era falso.
O órgão de defesa do consumidor visitou o endereço físico citado pela empresa como sua sede, na avenida Juscelino Kubitschek, na zona sul da capital paulista, mas não encontrou nada no local. O site também saiu do ar, então o Procon não conseguiu qualquer esclarecimento.
Ao site Agora São Paulo, o Instituto Butantan comentou o caso. "É um absurdo que criminosos usem a pandemia para enganar a população com produtos falsos. As denúncias sobre casos como esse devem ser feitas junto às autoridades e à vigilância sanitária, disse, em nota. Segundo o Butantan, não houve nenhuma venda de doses ao setor privado.
O Procon alerta que, com a chegada da vacinação, casos similares podem voltar a acontecer, o que exige atenção dos consumidores. Após o caso, o órgão notificou o Departamento de Proteção do Consumidor, delegacia de polícia que vai realizar a investigação digital. O caso será encaminhado à Divisão de Crimes contra o Consumidor da Polícia Civil.