Maia ri de Guedes e diz que deixou de respeitá-lo após acusação em entrevista

Ministro da Economia acusou o presidente da Câmara e o governador de São Paulo, João Doria, de tramarem o impeachment de Bolsonaro

Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, e Paulo Guedes, ministro da Economia, após aprovação do texto-base da nova Previdência na Câmara
Foto: Daniel Marenco/Agência O Globo
Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, e Paulo Guedes, ministro da Economia, após aprovação do texto-base da nova Previdência na Câmara

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), diz que deixou de respeitar o ministro da Economia, Paulo Guedes, após acusação feita por ele em entrevista à Veja de que Maia e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), teriam tramado o impeachment do presidente Jair Bolsonaro .

Procurado pelo colunista Chico Alves, do UOL, Maia deu risada e disse que deixou de ter respeito por Guedes. "Estou esperando o Paulo Guedes cumprir 10% das promessas feitas pra eu voltar a respeitá-lo", respondeu o presidente da Câmara.

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Na entrevista à revista Veja, o ministro da Economia de Bolsonaro disse que soube que Maia e Doria arquitetavam juntos o impeachment do presidente, que cairia em 60 dias.

"Houve, sim, um movimento para desestabilizar o governo. Não é mais ou menos, não. Tinha cronograma. Em sessenta dias iriam fazer o impeachment . Tinha gente da Justiça, tinha o Rodrigo Maia, tinha governadores envolvidos. O Doria ligou para mim e disse assim: 'Paulo, é a chance de salvar a sua biografia. Esse governo não vai durar mais de sessenta dias. Faz um favor? Se salva'", contou o ministro da Economia na entrevista à Veja.

Segundo Guedes, ele optou por salvar o governo, e não sua biografia. "Liguei para cada um dos ministros do Supremo para tentar entender o que estava acontecendo. Conseguimos desmontar o conflito ouvindo cada um deles. O ministro Gilmar Mendes, por exemplo, sugeriu que o governo deveria dar um sinal, caso estivesse realmente interessado em pacificar as relações. A  demissão do Weintraub foi uma sinalização. Liguei também para o ministro Barroso e para o ministro Fux", contou.