Brasil deve manter auxílios e agilizar reformas, recomenda FMI

Relatório anual do Fundo aponta que medidas colaboraram para frear crise econômica em meio à pandemia de coronavírus

Foto: AFP
FMI recomenda extensão do auxílio emergencial para recuperar a economia do Brasil

Em relatório anual sobre a economia do Brasil divulgado nesta quarta-feira (02), o Fundo Monetário Internacional (FMI) recomendou a extensão de pacotes de incentivos em meio a pandemia de Covid-19, como o auxílio emergencial, e agilidade na aprovação da reforma tributária.

A instituição avaliou que as medidas do Governo Federal contra o desemprego foram fundamentais para evitar uma queda mais acentuada do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2020, que, segundo o FMI, deve recuar 5,8%. De acordo com o relatório, a projeção para o ano que vem é de crescimento de 2,8% na economia brasileira.

O Fundo Monetário Internacional ressaltou que Brasil precisa reduzir gastos obrigatórios e aumentar o padrão de vida da população em 2021. Há ainda a recomendação para o Banco Central reduzir a taxa básica de juros, que atualmente está em 2% ao ano.

Fim do Auxílio Emergencial

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na última terça-feira (1º) que não irá estender o auxílio emergencial para 2021. Na ocasião, Bolsonaro disse que a prorrogação do benefício “é o caminho certo para o insucesso”. 

A medida, criada para diminuir as dificuldades financeiras das famílias provocadas pelo desemprego, valerá até o dia 31 de dezembro. Atualmente o auxílio varia entre R$ 300 e R$ 600.