Dólar tem leve queda com expectativa de vitória de Biden nos EUA; Bolsa oscila

Após abrir o dia com forte queda e se aproximar de R$ 5,50, dólar oscilou para cima, mas segue com queda, abaixo de R$ 5,55

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Dólar opera com leve queda nesta sexta-feira (6), de olho nas eleições dos Estados Unidos

O dólar opera em queda nesta sexta-feira (6), pelo terceiro pregão consecutivo, com a vantagem e expectativa de vitória do democrata Joe Biden sobre Donald Trump na eleição dos Estados Unidos , e a maior geração de emprego nos EUA. Às 12h15, a moeda recuava 0,18%, a R$ 5,534. Já no mercado acionário, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa brasileira, a B3, tem leve queda de 0,50%, aos 100.249 pontos.

A expectativa do mercado segue a de que, diante dos dados preliminares, Biden vai levar a Casa Branca e sua gestão será menos conflituosa, tanto interna quanto externamente, gerando mais previsibilidade para os investidores.

"A palavra-chave que a possível eleição de Biden traz é "previsibilidade". O mundo precisa que o líder da maior democracia seja uma pessoa menos conflituosa, que trate melhor seus aliados, que respeite a ciência e entenda a importância do comércio internacional. Os mercados comemoram essa eminência de mais previsibilidade a partir de 2021", avalia Mauricio Pedrosa, gestor da Áfira.

Também nesta sexta, o Bureau of Labor Statistics (Secretaria de Estatísticas Trabalhistas, em português) divulgou que foram criados 638 mil empregos não agrícolas em outubro. A projeção do mercado era de uma geração de 530 mil postos de trabalho. Além disso, a taxa de desemprego nos EUA caiu 1 ponto percentual, para 6,9%.

"Com a possibilidade de Biden na presidência, é possível projetar um dólar mais fraco globalmente. Entretanto, especialmente no Brasil, a situação fiscal pode impedir que a moeda americana perca mais força contra o real", diz Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos.

Carvalho acrescenta que a perspectiva do mercado, até então, é que Biden tende a ser um presidente menos reativo e que, possivelmente, busque um diálogo menos conflituoso com Pequim. Assim, o mercado teria menos atritos, o que favorece outros ativos, além do dólar, muito procurado em momentos de tensão nos mercados.