Governo quer cortar R$1,4 bi da educação e investir R$ 3,3 bi em obras

Projeto de lei busca remanejar verbas e proposta quer aumentar orçamento para obras públicas

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Ministério da Infraestrutura, dirigido por Tarcísio Freitas, será segundo maior beneficiado

Após as recentes discordâncias com a equipe econômica, envolvendo as propostas de financiamento para o projeto do  Renda Cidadã , o presidente  Jair Bolsonaro (sem partido) trouxe a tona o PLN, um projeto de lei do Congresso Nacional para solicitar alterações nas verbas. Nele, o governo pretende tirar R$1,4 bi da verba da educação para aumentar o investimento em obras públicas.


A proposta não é de hoje, uma vez que esse remanejamento já é há meses pedido por aliados políticos. O plano, entretanto, só entrou em ação nesta quinta-feira (1), quando texto foi mandado ao Congresso . O pedido do governo é de um ajuste de R$ 6,1 bilhões.

Com as alterações, o Ministério do Desenvolvimento Regional receberá R$ 2,3 bilhões, enquanto o Ministério da Infraestrutura será beneficiado com R$ 1 bilhão, por fim, R$ 243 milhões serão destinados ao Ministério da Saúde. 

Quanto aos cortes, o maior será no orçamento do Ministério da Educação , que terá uma diminuição de R$ 1,4 bilhão. Essa redução de verba foi tema de muita discussão, o governo estava receoso com a repercussão negativa dessa medida.

A explicação dada por auxiliares do governo para os cortes na educação é de que, por causa da pandemia ,  serviços como transporte escolar não são mais utilizados.

Outras áreas também foram prejudicadas 

Não apenas o Ministério da Educação foi alvo de cortes, o Ministério da Economia também perderá verba com essa alteração, mais precisamente o valor de R$ 615 milhões. 

O Ministério da Defesa pode chegar a ter R$ 330 milhões de seu orçamento cortados pela decisão, enquanto o Ministério da Justiça terá redução de R$ 300 milhões. 

Essa mudança na distribuição visa auxiliar o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a concluir o planejamento de obras públicas, com a inauguração de novas construções, principalmente no Nordeste .