Guedes é retirado de entrevista depois de falar sobre "tributos alternativos"

O general Luiz Eduardo Ramos e Ricardo Barros, atual líder do governo na Câmara dos Deputados, levaram Guedes para longe dos jornalistas

Foto: Reprodução/CNN Brasil
Paulo Guedes é retirado de coletiva por Ricardo Barros e Luiz Eduardo Ramos

O ministro da Economia, Paulo Guedes , foi interrompido em coletiva de imprensa pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos , e por Ricardo Barros (PP-PR), atual líder do governo na Câmara dos Deputados. Guedes falava sobre "tributos alternativos". O caso aconteceu na última quarta-feira (23). Em pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (24),  67% dos brasileiros disse ter insatisfação sobre os impostos .

Nas imagens divulgadas pela CNN Brasil, Ramos e Barros são vistos acompanhando Guedes em sua entrevista coletiva a jornalistas. Durante a fala do ministro, os dois ficam evidentemente incomodados e, em seguida, levam Guedes para longe dos jornalistas. 

"Queremos desonerar? Queremos ajudar a criar emprego? Então vamos fazer um programa de substituição tributária . Da mesma forma, queremos criar renda? Sim, então vamos ter que fazer... Descobrimos 38 milhões de brasileiros, que eram os invisíveis, temos que ajudar essa turma a ser reincorporada no mercado de trabalho. Então temos que desonerar a folha, por isso que a gente precisa de tributos alternativos . [...] E renda a mesma coisa, nós vimos a importância do auxílio emergencial, então nós temos que fazer uma aterrizagem suave do programa de auxílio emergencia, que é exatamente o que nós estamos estudando", disse Guedes antes de ser interrompido por Ramos e Barros. 

Durante a fala do ministro, os outros dois se entreolhavam, e Barros foi visto dizendo "está bom" diversas vezes. Quando Ramos pega Guedes pelo ombro e o encaminha para longe dos jornalistas, Barros diz "vamos lá".

A cena rendeu comentários em tom engraçado por parte de Guedes , que disse à imprensa que "agora tem articulação política", enquanto apontava para Ramos e Barros.