Veja três nomes que podem substituir o secretário que vazou planos de Guedes
Waldery Rodrigues deve sair da secretaria especial da Fazenda depois de contar projetos à imprensa, como o do congelamento das aposentadorias
Por Brasil Econômico |
Em Brasília, três nomes são cotados para ocupar o cargo de serectário especial da Fazenda. O movimento se dá após Waldery Rodrigues, secretário especial da Fazenda, vazar para a imprensa os planos impopulares do ministro da Economia, Paulo Guedes. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A substituição de Waldery Rodrigues ainda deve demorar, já que ele é considerado um nome relevante para os trabalhos do ministério. Waldery é visto por Guedes como alguém importante tecnicamente, além de um servidor dedicado e leal.
Assim, mesmo tendo contado à imprensa sobre o plano de congelamento das aposentadorias, que gerou a indireta do "cartão vermelho" de Bolsonaro, Waldery não deve ser abruptamente demitido, na visão do ministério.
Mas outros pontos pesam para a demissão. Waldery já vinha sendo questionado sobre o desempenho de sua secretaria antes mesmo do episódio. Há uma visão no ministério que pensa que as falas de Waldery fizeram a equipe perder uma grande economia de recursos no Pacto Federativo, algo que estava a "um milímetro" de ocorrer. O congelamento de benefícios e aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) renderia R$ 17 bilhões em 2021, de acordo com o que próprio secretário havia comentado à imprensa.
Waldery agora deve entrar em um organismo internacional, como o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). O mandato dura cinco anos e o cargo é nos Estados Unidos, sendo um tipo de prêmio ao secretário após o trabalho prestado ao ministério.
Veja quem são os três nomes que podem substituir o secretário especial da Fazenda
Esteves Colnago, Jeferson Bittencourt e Bruno Funchal já atuam no governo e são vistos como possíveis substitutos na saída de Waldery, segundo apuração do jornal Folha de S.Paulo. Conheça os nomes.
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Esteves Colnago
É assessor especial do ministro Paulo Guedes, cuidando principalmente do diálogo com o Congresso. Na pandemia, virou um dos principais interlocutores do ministro com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, enquanto os dois estavam afastados. Já foi secretário especial adjunto de Fazenda (sob Waldery).
Durante o governo Temer, tornou-se ministro do Planejamento após a saída do então chefe Romero Jucá (MDB-RR). É servidor de carreira (analista do Banco Central) e passou por diferentes funções na equipe econômica, inclusive no Tesouro e é mestre em economia pela UnB (Universidade de Brasília), especialista em contabilidade pública.
Jeferson Bittencourt
Também é assessor especial de Guedes e já foi secretário especial adjunto de Fazenda (sob Waldery). Já ocupou outros cargos no ministério, como diretor de programa, tendo passagens pelo governo do Rio Grande do Sul e pelo Tesouro Nacional, onde é servidor de carreira.
Como assessor econômico, atuou no setor privado como consultor e professor universitário. É economista e mestre em ciências econômicas pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Bruno Funchal
É secretário do Tesouro Nacional desde julho, substituindo Mansueto Almeida, e antes foi diretor de programa na Secretaria Especial da Fazenda, acompanhando questões ligadas aos estados.
Foi secretário da Fazenda do Espírito Santo e um dos responsáveis pelo processo de ajuste das contas públicas. É doutor em economia pela FGV (Fundação Getulio Vargas), com pós-doutorado pelo IMPA (Instituto de Matemática Pura e Aplicada).