Exportações no estado de São Paulo caem 12,4% de janeiro a agosto
Segundo balanço divulgado nesta quarta (10) pela Fiesp, há queda em exportações do setor aeronáutico, nos embarques e vendas de automóveis
Por Agência Brasil | | Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil |
As exportações do estado de São Paulo somaram US$ 30,1 bilhões entre janeiro e agosto de 2020, com uma queda de 12,4% em comparação ao mesmo período do ano passado. As importações totalizaram US$ 33,7 bilhões, 15,7% a menos no período, de acordo com dados Balança Comercial das Diretorias Regionais, relatório produzido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).
Segundo o balanço divulgado hoje (10), os produtos da indústria de transformação que apresentaram crescimento do valor exportado foram açúcares de cana (47,3%), carnes desossadas de bovino (32,4%) e óleo combustível (13,3%).
No sentido contrário aparecem o setor aeronáutico, com queda de 72% nos embarques, e as vendas de automóveis de passageiros, que foram 60% menores do que o registrado nos oito primeiros meses de 2019.
As diretorias regionais que apresentaram melhor desempenho exportador foram Sertãozinho, Presidente Prudente e São Caetano do Sul.
Os principais produtos embarcados por Sertãozinho foram açúcares e produtos de confeitaria (50,5%), sementes e frutos oleaginosos (18,8%) e resíduos e desperdícios das indústrias alimentares (13%). Presidente Prudente elevou o número de exportados com açúcares e produtos de confeitaria (38,7%), carnes e miudezas (17%) e preparações alimentícias (13,4%). Em São Caetano do Sul, os principais embarques foram de veículos automóveis, tratores (69,3%), máquinas e aparelhos mecânicos (9,3%) e aeronaves (8,5%).
“As regiões que dependem da exportação de produtos de maior valor agregado (aeronaves, automóveis e máquinas e equipamentos) tiveram seus resultados afetados pelas condições de mercado na Argentina e nos Estados Unidos. Aquelas com perfil exportador vinculado a açúcares, carnes e celulose se beneficiaram do aumento dos embarques para a China”, explicaram as entidades.